"Da da da da da da da ~!"
Noite, luzes de néon piscando.
A agitação da cidade parecia nunca cessar.
Nesse mundo onírico, Rels D. Morpheus estava sozinho diante de um computador em um prédio de escritórios, os olhos fixos no código que saltava incessantemente pela tela…
Seu corpo já estava consumido pelo cansaço.
Apenas três anos após a graduação!
E já havia se tornado um "programador principal" em uma empresa de tecnologia…
A vida de 996 fazia seus cabelos rarearem cada vez mais, e seu rosto carregava as marcas do tempo.
"Droga!"
"Quando vou me livrar dessa vida de cão chamada vida Gaban?" Rels D. Morpheus amaldiçoava em pensamento…
"Destruir tudo!"
"Estou cansado!"
Felizmente, o Imortal da Espada Maligna… não vivia nesta era.
Se vivesse, só o ressentimento de Rels D. Morpheus seria suficiente para preenchê-lo por completo!!!
O café em sua mão já chegava ao fim.
O sabor amargo estimulava suas papilas gustativas…
Exatamente como sua vida atual: amarga e sem esperança.
Seu colega, A-Jie, se aproximou.
Deu-lhe um tapinha no ombro.
Com um tom de impotência… e sua piada habitual, disse:
"Rels, você não parece em boa forma ultimamente. Vejo sua glabela escurecida."
"Algo ruim pode acontecer!"
"Vá para casa descansar bem e volte amanhã para trabalhar duro…"
Rels D. Morpheus lançou um olhar cortante para A-Jie.
Retrucou:
"Está falando besteira, como eu não estou em boa forma?"
"É só porque não descansei direito."
"Ah~~~"
Depois de falar, levantou-se.
Soltou um longo bocejo…
Sentia como se seu corpo fosse despedaçar.
Alongou-se.
Uma expressão de dor surgiu em seu rosto…
O tempo sentado já havia deixado suas costas em frangalhos.
"Trabalhar duro de novo amanhã!"
Quando Rels D. Morpheus voltou para seu quarto alugado, já passava da meia-noite.
Arrastou os pés pesados até o cômodo, jogando a mochila de lado sem cuidado.
Deitou-se na cama…
Mas, em sua mente, as preocupações com o trabalho ainda persistiam.
Virou-se de um lado para o outro, incapaz de dormir.
Franziu a testa.
Os olhos bem fechados.
Tentava relaxar.
Mas o código e o progresso do projeto não paravam de aparecer em seus pensamentos…
Na manhã seguinte.
"Ding-a-ling-a-ling-a-ling ~!"
O despertador tocou.
Rels abriu os olhos a contragosto.
Seu rosto estava pálido…
Os olhos, avermelhados.
Estendeu a mão e desligou o alarme.
"Ah! Não quero levantar!"
Torcia-se e contorcia-se em uma posição estranha na cama.
Só então se sentou.
Levantou-se devagar.
Depois de uma lavagem rápida…
Seguiu sozinho para o trabalho.
O céu acima era cinza.
Parecia que iria chover…
"Hoje será mais um dia corrido."
Suspirou, sem forças.
Andava com passos pesados…
Os ombros ligeiramente caídos.
As mãos enfiadas nos bolsos.
O olhar perdido à frente…
Seu celular tocou.
Rels tirou do bolso e olhou.
Era uma mensagem do Chefe Li, apressando-o para chegar logo à empresa…
A mensagem dizia:
"Rels, você ainda quer trabalhar aqui!?"
"Não sabe que, se o trabalho começa às nove, tem que estar na empresa às oito!?"
"Se consegue, faça! Se não consegue, arrume suas coisas e vá embora."
"Estou avisando: se você não fizer… há muitos dispostos a isso!"
O rosto de Rels se encheu de irritação.
Ele realmente não aguentava mais.
Se continuasse nesse ritmo…
Poderia perder a vida naquela empresa!
Quanto mais pensava, mais raiva sentia.
Então decidiu ligar para o Chefe Li.
O chefe atendeu:
"Alô, Rels, já está na empresa?"
"Se não estiver aqui antes das oito, terá que ficar até a uma da manhã. Caso contrário, desconto no salário!"
Rels não conseguiu mais suportar; tinha chegado ao limite.
Explodiu:
"Vai à merda, Li Mão-de-Vaca!"
"Li Mahua não trata as pessoas como gente…!"
"Você me faz trabalhar como se valesse dezenas de milhares, mas paga uns trocados! Está pensando o quê!?"
"Cai fora!"
"Acho que você não se desenvolveu direito, faltou cálcio na infância e amor na vida adulta."
"Trabalho começa às nove, mas você quer que eu chegue às oito; sofre de atrofia cerebelar? Como consegue dizer tamanha idiotice?"
"Espero que sua empresa vá à falência logo, e que seus filhos nasçam sem ânus!"
"Rels, você…!" O Chefe Li estava furioso, sem acreditar no que ouvia. "Eu…!"
"Beep beep beep beep beep ~"
Antes que pudesse terminar, Rels desligou.
Deixando o chefe em fúria impotente.
"Isso foi satisfatório!"
Rels sorriu.
Levantou o olhar e riu.
Mas, nesse momento…
"Whoosh whoosh whoosh whoosh ~!"
Um enorme assobio ecoou do céu.
Instintivamente, Rels ergueu a cabeça.
Viu um avião despencando rapidamente!
A fuselagem ardia pelo atrito com o ar, formando uma linha contínua de fagulhas — como um dragão de fogo furioso envolvendo o avião!
As janelas brilhavam em vermelho pelo calor intenso, como olhos em chamas, encarando impotentes o chão!
E a direção da queda…
Era exatamente onde Rels estava!
"Meu Deus!"
Os olhos se arregalaram de medo.
A boca entreaberta…
O corpo paralisado.
As pernas pesadas como chumbo.
O coração batia violentamente…
Quase saltando pela garganta.
"Céus!"
Queria correr.
Mas o corpo não obedecia…
A mente estava em branco.
Só conseguia encarar fixamente o avião caindo.
Cada vez mais perto…
Sua respiração acelerava, as mãos cerradas em punhos, unhas cravando nas palmas.
"Mamãe, papai… até a próxima vida!"
"Vosso filho é ingrato; quatro anos de faculdade foram em vão."
"Achei que poderia realizar meus sonhos depois de entrar na sociedade, mas não escapei do destino de ser explorado…"
"Bang ~!!!"
Com um estrondo ensurdecedor.
O avião explodiu.
E Rels D. Morpheus… bateu as botas.
No instante antes da explosão.
O piloto, no comando, não sentiu medo algum.
Apenas um alívio por cumprir sua missão.
O canto de sua boca… se curvou em um sorriso misterioso.
"Finalmente, missão cumprida."
"Os caminhões de carga não deram conta nos últimos meses, ainda tive que ser eu!"
Rels D. Morpheus: "Eu estava no primeiro turno! (PQPT)"
Depois de um tempo indefinido.
Quando Rels abriu os olhos novamente…
O que viu foi uma imensa floresta verdejante.
As folhas balançavam suavemente ao vento.
Produzindo um farfalhar…
Como se o recebessem naquele novo mundo.
O solo sob seus pés era macio, como areia.
"Onde estou…?"
Perguntou a si mesmo, confuso.
Olhou em volta.
E, ao se virar…
Encontrou diante de si um vasto e infinito oceano azul.
A água brilhava sob o sol, como incontáveis gemas cintilantes.
Nuvens brancas pairavam no céu, tão puras quanto a neve, em perfeita harmonia com o mar.
"Caw caw caw caw caw ~!"
Gaivotas gritavam…
De repente!
Uma dor de cabeça lancinante o atingiu.
"Ahhh!"
"Dói!"
"Dói demais!"