[Deitar e relaxar! Só quero ficar deitado! ]
[Navegar no mar é a coisa mais entediante do mundo. Já se passaram dois dias sem aparecer uma única ilha. ]
[Se continuar assim, nem vendendo o tesouro do One Piece vamos conseguir pagar as dívidas que a Nami fez cozinhando. ]
Na popa do navio, Leon descansava em uma espreguiçadeira, protegido por um guarda-sol. O sol aquecia sua pele e, pela primeira vez em muito tempo, ele começava a gostar daquela vida preguiçosa e tranquila.
Mas a calmaria não era para todos. Sob incentivo de Leon, Zoro treinava como um louco. Praticava todos os dias, dormia apenas quatro horas e usava o resto do tempo para fortalecer corpo e mente.
Luffy, por outro lado, vivia largado no convés, enfraquecido pela falta de comida. Para ele, levantar um dedo era sacrifício. Mas, mesmo sem se esforçar, ainda era um prodígio treinado pelo próprio Garp. O problema estava no domínio de sua Akuma no Mi e, no futuro, do Haki.
Leon sabia que não havia pressa. Quando Luffy sentisse de verdade a fraqueza ou enfrentasse inimigos poderosos, seu instinto de filho do destino o empurraria a evoluir.
— Ei, Leon! Nosso próximo destino é o Baratie! — Luffy gritou, esticando o braço até a popa. — Disseram que lá podemos encontrar cozinheiros incríveis, e a comida é deliciosa!
A boca do capitão já brilhava de saliva. Apesar de não reclamar da comida da Nami, seu coração pedia algo mais robusto.
— Então vamos direto para lá. — Leon respondeu, sem surpresa. Ele já conhecia o rumo da história.
Nami se aproximou, a expressão preocupada. — Mas ouvi dizer que o tal Mihawk, o "Olhos de Falcão", também pode estar por lá...
— Ele é o maior espadachim do mundo. — explicou Leon com calma. — Se Zoro realmente quiser tomar esse título para si um dia, terá que derrotá-lo. Só que a diferença entre vocês dois é… colossal.
Zoro estreitou os olhos, determinado. — Qual é o tamanho dessa diferença?
Leon olhou para ele, sem meias palavras: — Você é como uma formiga no chão. Ele poderia esmagá-lo sem nem perceber.
O silêncio tomou conta do navio. O olhar de Zoro vacilou, mas logo se firmou novamente. Sem dizer nada, voltou ao convés e retomou os treinos com fúria redobrada.
Luffy, curioso, se aproximou. — Ele é mesmo tão forte?
— Forte o bastante para que vencê-lo seja um passo inevitável no caminho até o One Piece. — Leon respondeu, deixando a frase pesar no ar.
O capitão sorriu, animado. — Então vou derrotá-lo também!
[Excelente. É só plantar a semente, e o idiota motivado cresce sozinho. ]
Logo depois, Nami surgiu com uma bandeja nas mãos. Sobre ela, um copo de suco de laranja recém-espremido e um pequeno bolo.
— Experimente, Leon. Fui eu quem preparou. — disse, colocando-o à sua frente.
[É por isso que amo a Nami. Mesmo gastando dinheiro, ainda pensa em me agradar. ]
[Só é uma pena não poder aproveitar o "serviço de entrega na boca". ]
Leon bebeu pelo canudo, saboreando lentamente.
— Quer que eu te alimente? — Nami soltou de repente.
Ele engasgou, tossindo. — O q-quê?
— Duzentos mil berries. — respondeu sem pestanejar, com um sorriso astuto. — Em dinheiro vivo.
[Droga! Estou a duzentos mil berries de realizar o sonho de ser alimentado pela Nami. Maldita Marinha, se pagasse direito as recompensas, eu já teria contratado esse serviço! ]
Leon suspirou. — Esquece… parceiros não deveriam fazer esse tipo de coisa.
— Hmmm… vou abrir uma exceção. — Nami sorriu e levou o copo até os lábios dele, deixando-o beber diretamente de suas mãos.
Leon fechou os olhos, satisfeito.
[Nami, minha esposa, você é incrível. ]