Ficool

Chapter 27 - 27#

Diferente dos outros, Leon estava em silêncio, pensando.

[O enredo está prestes a começar. Logo será a vez do Sanji mostrar o que é amor.]

[Mas nunca imaginei que ele fosse alimentar um lobo ingrato… para, quatro dias depois, trazer gente para atacar este restaurante.]

[Não importa. O importante será quando o Mihawk aparecer. Só preciso me preocupar em proteger Nami e Robin durante essa batalha.]

[Mas algo está errado. Na história original, Nami deveria fugir com o Going Merry no meio da confusão.]

[Ela partiria sozinha, para não envolver os Chapéus de Palha… carregando todo o dinheiro que juntou.]

[Nami estava a poucos milhões de berries de completar os cem milhões para libertar sua vila.]

[Mas ela não sabe que já está sendo vigiada por Arlong.]

[Ele sabe exatamente quanto ela juntou. E, mesmo assim, o que realmente o interessa é o talento de Nami como navegadora.]

[Um talento tão raro que até o Leão Dourado a elogiou.]

[Isso mostra que, entre todos os navegadores do mar, Nami é um gênio absoluto.]

[No fim, não são os inimigos mais fortes que assustam no mar… mas os desastres naturais. E só Nami consegue evitá-los com instinto, melhor que qualquer instrumento.]

As mãos de Nami tremiam. O coração, antes frio, aquecia um pouco ao ler.

Ele… elogiava tanto assim o talento dela?

No fundo, era isso que ela mais queria ouvir — reconhecimento.

— Tsc… só fala bobagem — murmurou, corando, mas sem conseguir esconder o brilho nos olhos.

Robin a observou com um sorriso sereno.

— Uma navegadora assim… fico aliviada de tê-la no mesmo navio.

Mas, por dentro, Robin estava surpresa. Até o Leão Dourado a elogiou? Como Nami o conheceu? Que grupo de piratas é esse, afinal…

O diário continuou.

[Arlong nunca se importou com o dinheiro. Ele sempre quis o talento de Nami para controlar os mares.]

[Quando soube do tesouro, chamou o Coronel Rato, que roubou os cem milhões de berries que ela levou anos para juntar.]

[O riso dele ecoou… e Nami desabou em desespero.]

[Mas desta vez não. Porque agora ela não está sozinha. Desta vez, eu estarei lá. Mesmo que seja Arlong… até um Shichibukai terá de recuar diante de nós.]

[O mais importante é dar segurança à minha Nami. E, embora eu tenha encontrado Robin, só poderei me aproximar dela de verdade em Alabasta… ainda vai demorar.]

As lágrimas quase caíram dos olhos de Nami. Pela primeira vez, acreditou de verdade que não teria de enfrentar Arlong sozinha.

— Nami. Robin. — disse Leon, com um sorriso que poderia derreter qualquer coração. — Fiquem atrás de mim se algo acontecer.

Robin apenas assentiu, elegante.

— Claro. Eu ficarei atrás de você.

Nami, mordendo os lábios, fingiu frieza. Mas ao colocar mais comida no prato dele, seus olhos entregavam a confiança recém-nascida.

Enquanto isso, Luffy já insistia em recrutar Sanji. Soltou gargalhadas e quase foi chutado para fora da cozinha.

Sanji, sempre exagerado, trouxe uma rosa e a ofereceu com charme às duas mulheres. Mas antes que pudesse concluir, Leon arrancou a flor de sua mão.

— Obrigado, mas proteger minhas companheiras já é meu dever.

Sanji ficou estático, os olhos semicerrados. Um trovão brilhou na palma da mão de Leon, fazendo o loiro ranger os dentes.

— Hahahaha! — riu Luffy, orgulhoso. — Esse é o meu imediato!

De longe, Zeff estreitou os olhos. Um usuário de Akuma no Mi… poderoso. Esse garoto não é qualquer um.

O ar entre Sanji e Leon ficou carregado, mas em vez de briga, Leon se aproximou e pousou uma mão firme em seu ombro.

— Sanji… eu realmente acredito em você. Você não é só um cozinheiro. A sua comida pode dar felicidade verdadeira, algo que poucos no mundo conseguem fazer.

As palavras cortaram o orgulho do loiro como uma lâmina. Sanji corou, desviando o olhar, sem conseguir responder.

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