Ficool

Chapter 29 - 29#

Naquele instante, um navio colossal surgiu da névoa.

O coração de Nami disparou — era exatamente como o diário de Leon havia previsto.

Ela estava prestes a chamar o imediato de volta quando um clarão elétrico riscou o ar.

Num piscar de olhos, Leon surgiu ao lado de Robin, envolveu-a pelo braço e a trouxe para o convés.

Ele a colocou no chão com delicadeza, o sorriso suave estampado no rosto:

— Peço que a senhorita Robin permaneça em nosso navio por enquanto.

Se algo acontecesse com você, eu me sentiria culpado.

Os outros tripulantes se entreolharam, todos com as bocas tremendo.

— Olha só esse cara… sempre bancando o cavaleiro. — murmurou Usopp.

Quando Zoro havia se ferido, Leon apenas zombara dele por ser "fraco".

Que diferença gritante!

Zoro, no entanto, não desviava os olhos da embarcação inimiga.

O estandarte pirata tremulava com ferocidade, e apesar do casco despedaçado, o navio parecia uma fera prestes a avançar.

Leon esboçou um sorriso brincalhão.

— Vai começar o espetáculo.

Dentro do Baratie, Akin carregava o debilitado Don Krieg, pedindo comida aos berros.

Mas logo a algazarra tomou conta do salão: clientes em pânico corriam para fora, denunciando o caos.

Robin suspirou:

— Piratas nunca se lembram de favores.

Leon ergueu a taça, com um riso leve:

— Lembrar, eles lembram… só que a ganância fala mais alto.

— Vamos ver como o Luffy está. — disse Zoro, arrastando Usopp consigo.

Johnny e Yosaku também correram atrás.

Nami permaneceu imóvel, hesitando, enquanto Leon a observava de canto de olho.

[Como vou impedir a Nami de partir?]

[Ela anda tão irritada comigo esses dias…]

[Mas sei que, no fundo, ela já tem laços com este navio.]

Antes que Leon pudesse dizer algo, Nami se aproximou com firmeza.

— Depois que conseguirmos recrutar o cozinheiro… preciso que você me ajude a resolver o meu problema.

Se fizer isso, prometo oficialmente ser a navegadora do bando.

Os olhos de Leon se arregalaram.

[O quê? A trama mudou tanto assim?]

[Ela mesma está pedindo ajuda! Isso… simplifica muito as coisas.]

O imediato sorriu com ternura, pegando a mão dela.

— O problema de Nami… é meu problema também. Se posso ajudar, então será resolvido.

Ele inclinou o corpo, mais próximo.

— Segurar minha mão custa cem mil bellys. — rebateu Nami, fria, puxando de volta a seriedade.

— C-cem mil?! Mas eu só encostei! — Leon ficou boquiaberto.

— Tocar é tocar, não importa por quanto tempo. — retrucou ela, impassível.

— Nesse caso… — Leon a puxou para o peito, apertando-a contra si com um sorriso malandro.

— …não vou soltar o dia inteiro.

Nami piscou, incrédula.

— Você não tem vergonha, não? —

Robin pigarreou, salvando o clima.

— Sr. Leon, parece que alguém muito perigoso se aproxima.

Os olhos de Leon se estreitaram.

— Dracule Mihawk.

— O maior espadachim do mundo… — Robin sorriu de leve. — Se for ele, meu conselho é recuar.

— Não precisa. — Leon abanou a mão. — Para ele, lutar aqui é apenas passatempo. Não vai se incomodar conosco, um bando de "insetos".

Logo o mar tremeu.

Em seu minúsculo barco, Mihawk se ergueu, retirando a gigantesca espada negra de suas costas.

Um zunido cortou o vento.

— Zzzzzummm!

Três golpes invisíveis rasgaram o oceano.

A superfície antes calma explodiu em ondas colossais.

O casco do navio de Krieg rangeu como papel sendo rasgado.

Um estalo seco — e a embarcação se partiu em três.

O mar engoliu os destroços em segundos, enquanto gritos desesperados ecoavam.

O rosto de Krieg empalideceu.

— Ele… ele me seguiu até aqui?!

Do Baratie, clientes e cozinheiros assistiam em choque absoluto.

Naquele pequeno barco solitário, Mihawk sequer parecia ter feito esforço.

[Esse homem encarna a própria palavra "força".]

[Imagino a cara da tripulação de Krieg quando descobriu que Hawkeye estava, literalmente, remando a esmo de espada na mão.]

As mulheres que liam o diário franziram a testa.

— Espada… como remo? — murmuraram.

Era uma cena tão absurda que apenas Leon conseguiria descrevê-la com tamanha naturalidade.

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