Ficool

Chapter 28 - 28#

As habilidades de Sanji eram inegáveis — ele era um chef de primeira linha.

Suas receitas já haviam encantado até Charlotte Linlin, a própria Big Mom.

Um talento desses, se estivesse ao lado dela, seria tratado como um dos ministros mais importantes.

Mas agora, ainda parecia "verde demais" para tal.

— Oh… obrigado. — Sanji coçou a cabeça, confuso. O homem que momentos atrás o provocava, agora o elogiava.

Esse cara… quem diabos era? O jeito que o olhava não parecia um rival, mas alguém mais velho, como um irmão mais experiente.

O coração do cozinheiro ficou embaralhado.

— Sua culinária é ótima, mas muito limitada.

Tenho aqui duas receitas: uma de pratos chineses e outra da cozinha de Lu.

Com elas, você vai expandir muito sua visão de mundo. São pratos que você nunca viu.

Leon tirou dois cadernos de dentro do casaco e entregou a Sanji.

Os olhos do loiro brilharam ao folhear as primeiras páginas. As mãos tremiam.

— I-isso… isso é incrível!

Mas ao virar para a terceira página, sua expressão congelou.

Era uma folha em branco.

— E… o resto? — perguntou, franzindo o cenho.

Leon pigarreou.

— Ahn… não escrevi ainda. Mas prometo que entrego depois.

Sanji fechou o livro com força, tentando esconder a excitação.

— Então é isso… quer me recrutar? Esquece. Nunca vou abandonar este restaurante.

Leon ergueu a mão, tranquilo.

— Não é isso. O cozinheiro quem precisa é o capitão, não eu.

Só quero ser seu amigo. Você tem potencial. E esses cadernos… são presentes de amigo.

O loiro hesitou. Era difícil desconfiar de quem entregava um tesouro desses sem pedir nada em troca.

[Primeiro conquisto a confiança de Sanji. Depois, quando encontrar minha futura cunhada, Reiju, poderei avançar também.]

[Ela não escapa do meu destino. Não posso assustá-la logo de cara, preciso agir devagar.]

[Quanto a você, cunhado… não se preocupe. Não vou deixar que vá parar na Ilha dos Okamas. Com minha ajuda, você será bem recompensado.]

[Quando chegar a Ilha dos Homens-Peixe, poderá escolher entre todas as belas sereias — menos a Shirahoshi, claro.]

Nami, ao ler, quase quebrou o garfo de tanta raiva.

— Desgraçado…! — murmurou entre dentes, com uma veia pulsando na testa.

Mal tinha prometido protegê-las, e já estava de olho na irmã do cozinheiro?

Robin apenas sorriu discretamente. Já tinha visto homens poderosos se afogarem em arrogância.

Leon, ao menos, não escondia sua fraqueza: falava de mulheres como quem fala de sonhos, sem hipocrisia.

— Irmão… vou te reconhecer como tal pelo resto da vida! — disse Sanji de repente, rindo. — Mas não se meta com as mulheres. Isso é território meu.

Leon sorriu, retribuindo o aperto de mão.

— Livre escolha, então. Só não se esqueça: no fim, sempre escolhem a mim. Afinal, sou tão bonito.

Nami rolou os olhos, exasperada. Robin riu baixo.

Quando voltaram à mesa, Luffy perguntou:

— leon, ele vai pro mar com a gente?

— Ainda não. — respondeu o imediato, dando de ombros. — Isso é coisa sua, capitão.

Três dias se passaram. Durante esse tempo, Ron e Robin praticamente não se desgrudaram dentro do restaurante, bebendo e conversando. Nami precisou arrastá-lo de volta ao navio todas as noites.

Usopp suspirava, entediado, enquanto Zoro não parava de treinar.

— Esse navio é maluco… — murmurou.

Foi então que Nami estreitou os olhos, olhando para o horizonte.

Através da neblina, um vulto enorme avançava em direção ao Baratie.

— Uma nau de guerra… — murmurou ela. — Deve ser aquilo que o Leon previu. O ataque está para começar.

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