Os navios se aproximaram do Baratie, o famoso restaurante marítimo cercado por pequenas embarcações. Era evidente que a fama de sua comida atraía multidões. Até mesmo um navio da Marinha estava ancorado ali perto, mas a atenção dos marinheiros não durou muito.
"Boom!"
Um disparo de canhão ecoou.
— Deixa comigo! — os olhos de Zoro brilharam.
"Buzz!"
Em um instante, a lâmina de sua espada cortou o ar, partindo o projétil no meio.
"Boom!"
A explosão iluminou o céu. Os marinheiros e uma bela oficial que estavam prestes a desembarcar caíram na água, atônitos.
— Vamos, quero comer. — Leon sorriu, abraçando Nami pela cintura. Num arco de eletricidade, seu corpo desapareceu, levando-a consigo.
Zoro e Luffy ficaram boquiabertos.
— Esse cara… só levou a Nami! — resmungou Zoro.
Enquanto isso, Usopp, desesperado, soltava o bote para remar atrás deles.
[Minha Nami sabe mesmo como cobrar. Mas, pelo menos, os benefícios vêm juntos. ]
[É claro, tudo tem preço com ela…]
Leon apertava suavemente a cintura de Nami, fingindo indiferença por fora, mas por dentro vibrava de felicidade.
— Esse abraço custou cem mil berries. — disse Nami, fria.
— Ah… — Leon deu de ombros. Dívida já era rotina. Meio milhão a mais ou a menos não fazia diferença.
Quando finalmente pisaram no salão do Baratie, Leon congelou.
Sentada sozinha, com um sorriso misterioso nos lábios e a pele clara como porcelana, estava uma mulher de jaqueta elegante. Seus olhos o fitaram por um instante, frios e enigmáticos.
[Merda… Robin? Como ela veio parar aqui? Esse enredo não é o original! ]
[Mas Nami está aqui do lado… preciso fingir naturalidade. Calma. Respira. Finge que não sabe de nada. ]
Nami puxou Leon para uma mesa de canto, mas ele estava inquieto.
— Preciso falar com uma conhecida. — disse, coçando a cabeça.
— Conhecida? — Luffy piscou, confuso. — Mas você não disse que não conhecia ninguém aqui?
— Conhecer é uma palavra relativa… — Leon se afastou sorrindo e, sem cerimônia, pegou um copo de vinho de outro garçom. Sentou-se diante da mulher.
— Jovem dama, poderia ao menos me conceder o seu nome? — Leon ergueu o copo, a voz suave.
Luffy, Zoro e Usopp assistiam de longe, incrédulos.
— Esse cara não tem vergonha nenhuma… — murmurou Zoro.
A mulher mexeu levemente a taça, a voz baixa, quase um sussurro perigoso:
— Meu nome? Quando o ouvir, pode se arrepender. Conhecê-lo é um fardo… ainda assim quer saber?
Leon segurou sua mão delicada, levando-a aos lábios com um beijo cavalheiresco. — Mesmo que seja um desastre, aceito de bom grado. Porque o amor só se prova no fogo das provações.
Um murmúrio tomou o salão. Mulheres olharam para Robin com inveja; homens, boquiabertos, tiravam notas mentais. Até Sanji, parado ao fundo, arregalou os olhos: havia encontrado um rival em galanteria.
Um sorriso curioso nasceu nos lábios da mulher. — Interessante… — ela tomou um gole de vinho. — Meu nome é Nico Robin. Ainda tem coragem de continuar?
Normalmente, só ouvir aquele nome já faria qualquer um tremer e correr para chamar a Marinha. Mas Leon apenas sorriu.
— Coragem é pouco. Quero ser seu cavaleiro. Nem a Marinha, nem o Governo Mundial vão me impedir de estar ao seu lado.
[O que Robin mais precisa é segurança. Se eu mostrar que posso dar isso, ela não resistirá. ]
[Com a minha força e… com os segredos que guardo sobre os Poneglyphs, cedo ou tarde ela vai se juntar a mim por vontade própria. ]
Nami surgiu atrás dele, os olhos gelados.
— Leon, não passe vergonha aqui.
O sorriso no rosto dele congelou por um instante.
Antes era "Nami, minha esposa, Saigō"… e agora, de repente, já chamava a Robin de esposa também?
Nami cerrou os punhos.
"Esse cafajeste vai acabar flutuando no mar por um mês inteiro…"