Ficool

Chapter 5 - 5#

Continuação – O Confronto no Moby Dick

Os olhos de todos se arregalaram.

Os Piratas do Barba Branca não reagiram de imediato.

Desde que aquela mulher de sobretudo vermelho apareceu,

sua postura foi totalmente hostil.

Ela já havia derrotado Marco e ferido gravemente Jozu em poucos instantes.

E agora, ousava declarar que Ace deveria abandonar os Piratas do Barba Branca.

Ace, o irmão deles.

Ace, o filho que todos respeitavam como parte da família.

Isso era algo inaceitável.

Os comandantes olharam para Barba Branca, indignados.

Só ele poderia responder a tal afronta.

E Newgate, como sempre, não decepcionou.

Seus olhos se estreitaram, a voz carregada de fúria:

"Pirralha… o que foi que você disse?"

O ar ao redor pareceu gelar.

A intenção assassina de Barba Branca dominava o convés.

Quando a estranha havia atacado Marco e Jozu, ele não se enfurecera de imediato.

Percebera que ela havia contido os golpes — o que sugeria que sua intenção não era matá-los.

Mas agora…

Ela dizia para Ace deixar a tripulação.

Isso soava como se estivesse proibindo os Piratas do Barba Branca de resgatar Ace.

E isso era algo que Barba Branca jamais aceitaria.

A voz grave ecoou pelo navio:

"Repita o que disse, pirralha. Eu não me importo se você é mulher…

Se desrespeitar a minha família, vou garantir que pague por isso!"

O clima ficou ainda mais pesado.

Marco e os outros capitães cerraram os punhos, prontos para a guerra.

A mulher ergueu o olhar calmamente para o gigante de mais de seis metros.

Seus olhos rubros faiscaram, e ela respondeu:

"E se Ace não sair dos Piratas do Barba Branca?

Você será capaz de protegê-lo?"

"Ridículo… você não conseguiu salvar a vida dele.

Que direito tem de se chamar pai?"

Aquelas palavras chocaram a todos.

Na verdade, a mulher — Portgas D. Natalia, filha mais velha da família Portgas —

estava ali em nome de Portgas D. Leon.

A família já se preparava para intervir diretamente na guerra em Marineford.

Natalia fora enviada apenas para transmitir a mensagem.

Arrogante por natureza e detentora do poder das chamas lendárias de Ryūjin Jakka,

ela não temia ninguém.

Para ela, os Quatro Imperadores, os Shichibukai, a Marinha e até o Governo Mundial

não passavam de obstáculos medíocres.

Exceto por seu pai e sua família, todos os demais eram insignificantes.

Por isso, falava com tanto desdém diante do próprio Barba Branca.

No fundo de seu coração, Natalia via o título de "pai de Ace" como usurpado.

Ace já tinha uma família verdadeira — a dos Portgas.

E era por isso que ela exigia sua saída da tripulação.

Barba Branca franziu o cenho, confuso.

Se aquela mulher fosse inimiga, não estaria apenas criticando…

Marco e os outros também trocaram olhares.

Afinal, as palavras de Natalia não soavam como ameaça,

mas sim como acusação — de que eles haviam falhado em proteger Ace.

Mesmo assim, o silêncio não durou.

Barba Branca ergueu sua voz de trovão:

"Pirralha! Salvar Ace é assunto dos Piratas do Barba Branca!

Ace é meu filho!

Mesmo que eu seja despedaçado, irei arrancá-lo das mãos da Marinha!"

Seus gritos eram cheios de convicção, firmes como a própria terra.

Natalia ergueu uma sobrancelha, quase sorrindo de lado.

Mas quando ouviu as palavras "Ace é meu filho"…

Seus olhos vermelhos faiscaram de fúria.

"Whitebeard… já chega."

🔥 O silêncio tomou conta do convés, e o confronto só estava começando.

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