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"Algumas feridas são tão profundas que até o silêncio dói."
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📍Cenário Inicial: Sede da Guilda dos Espelhos
Logo após o teste de admissão, os novos magos da Guilda dos Espelhos são divididos em torres-dormitórios.
Cael e Ezren, para desgosto mútuo, descobrem que foram designados como companheiros de quarto.
O clima entre os dois é... radioativo.
Ezren evita o mínimo contato, preferindo o sarcasmo como defesa:
- Se eu sumir no meio da noite, já sabemos quem me matou.
Cael, como sempre, responde com desdém:
- Relaxa. Eu só mato quem vale o esforço.
🎯 Missão: A Vila de Vureldar
Poucos dias depois, são enviados em uma missão emergencial à Vureldar, uma vila isolada cercada por florestas enevoadas.
Relatório da missão:
"Casos de insônia crônica, alucinações compartilhadas e surtos psicóticos. Suspeita: Entidade classe Devaneio Profundo. Perigo elevado."
Ao chegarem, notam o estranho: todas as casas têm luzes acesas, mas não há vozes, nem passos.
No único bar aberto, um velho de olhos fundos sussurra para eles:
- Aqui... ninguém dorme, garoto. Porque quem dorme... acorda diferente.
- Diferente como? - pergunta Ezren.
- Eles esquecem quem são... e o que amavam.
🌒 Primeira Noite: O Pesadelo
O único quarto disponível tem duas camas pequenas, janelas trancadas e uma lareira que range quando ninguém toca.
Ezren dorme primeiro. Cael permanece acordado, sentindo algo... errado.
No meio da noite, Ezren começa a murmurar:
- Pai...? Não... volta aqui... não me deixa de novo...
Cael se aproxima, cauteloso. De repente, algo se arrasta pelo teto, feito fumaça viva.
Uma figura de olhos brancos e forma difusa paira sobre Ezren, sussurrando:
- Ele sonha com você, mago das sombras... e você também.
Cael reage rápido. Um círculo de contenção de energia sombria brilha, afugentando a criatura.
Ezren acorda, suando e ofegante.
- Que... que foi aquilo?
- Nada que você precise lembrar. - responde Cael, frio, mas ligeiramente abalado.
🧠 Terror Psicológico: A Entidade
No dia seguinte, a vila está ainda mais distorcida.
- Uma senhora abraça Ezren e jura que ele é seu marido falecido.
- Um garoto aponta para Cael e grita:
- Ele me matou! Eu sonhei! Ele me matou!
As distorções aumentam quanto mais tempo eles passam juntos.
Quanto mais se olham, mais o espelho da dor reflete os dois.
À beira de um rio, Ezren quebra o silêncio:
- Por que você age como se não sentisse nada?
- Porque sentir dói mais do que fingir.
Ezren se aproxima:
- Mas ontem, você me olhou. E não foi com ódio.
- Foi para te proteger.
- Mentira. Você me olha como quem quer... fugir ou me beijar.
Cael se vira bruscamente, coração disparado.
- Você não faz ideia do que está dizendo.
🕯️ Clímax: Sonho Compartilhado
Eles decidem enfrentar a entidade em seu próprio território - o plano dos sonhos.
Com um selo de alma temporário, seus espíritos se entrelaçam, entrando no pesadelo coletivo da vila.
Dentro do sonho:
O céu é feito de espelhos rachados. As casas flutuam. As pessoas repetem frases que nunca disseram.
A entidade toma formas diferentes para torturá-los:
- O pai de Ezren, frio e distante, dizendo "Você nunca foi suficiente."
- Um mago da luz chicoteando Cael criança, acorrentado por sua magia sombria.
Ezren grita:
- Isso é você?
- É o que sobrou de mim. - sussurra Cael.
Com lágrimas, eles combinam seus poderes. Luz e sombra, sentimento e dor.
Criam a Eclíptica das Verdades, uma explosão que rasga os espelhos e dissolve a entidade.
A vila respira. As pessoas dormem. Pela primeira vez em anos... sonham em paz.
💔 Encerramento
Na volta à Guilda, o silêncio entre eles já não é incômodo - é íntimo.
Antes de apagar as luzes, Ezren diz:
- Se quiser... conversar sobre o que eu vi... eu tô aqui.
Cael hesita. Seus olhos escuros observam o outro, como se quisesse guardar aquela cena na memória.
Ele sorri - pela primeira vez.
Pequeno. Mas real.
- Boa noite, Ezren.
E vira de costas. Mas seu coração ainda estava acordado.