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"Nem toda escuridão vem de fora. Às vezes, ela nasce dentro de quem ama."
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🌧️ Introdução: A Missão do Lago Vharûn
Após a provação emocional no Espelho de Veritas, Cael e Ezren são convocados pelo Mestre Asgor Vayn.
— Há algo no Lago Vharûn. Não é um monstro. É... uma fome.
— Uma sombra antiga que sussurra desejos, reflete segredos e... quebra os que se aproximam.
Ezren franze a testa.
— Houve sobreviventes?
— Três. Um arrancou os próprios olhos. O outro canta para as árvores mortas. A última… desapareceu na própria sombra.
O clima pesa. A missão é clara: descobrir, resistir, sobreviver.
🏞️ Chegada à Vila de Tharvul
A vila que margeia o Lago Vharûn está mergulhada em neblina permanente. Os aldeões se fecham em suas casas ao anoitecer e cobrem espelhos com tecidos negros.
Uma senhora, com olhar ausente, sussurra aos magos:
— Ele está no reflexo.
— Ele nos mostra o que queremos… e então leva o que temos de mais frágil.
Ezren e Cael sentem que há algo no ar — uma presença invisível… intensa, íntima e faminta.
🏚️ A Casa do Sobrevivente
Procurando respostas, eles visitam Tarnel, um dos poucos que escaparam do lago com a mente (quase) intacta.
A casa está protegida por runas antigas — símbolos de contenção emocional.
Ezren reconhece. Cael apenas sente... e compreende.
Tarnel murmura:
— Ele me mostrou... o que eu nunca disse.
— Ele me amava. E eu... nunca tive coragem. Agora ele me chama... com a voz dele... toda noite...
Ezren desvia o olhar. Cael observa em silêncio.
— Isso é magia de sugestão afetiva. — Ezren afirma.
— Ou… verdade amplificada. — Cael rebate.
🌑 Terror à Beira da Água
Na calada da noite, Ezren sai sozinho.
Guiado por algo que não compreende — ou não quer admitir.
À margem do lago, vê a superfície espelhada, imóvel como vidro.
Mas quando olha... não vê a si mesmo.
Vê Cael. Dormindo. Vulnerável. Trêmulo.
A água sussurra:
— Você quer protegê-lo…
— Ou tocá-lo?
Ezren recua. Seu selo de luz brilha, mas... é inútil.
Do lago, a sombra emerge.
Uma entidade alta, feita de espelhos rachados, com um sorriso torto de vidro e olhos que imitam os de Ezren.
— Você deseja, mas teme. Por isso... será o primeiro a se quebrar.
Ezren tenta reagir. Falha.
É arrastado para dentro do lago.
💥 Resgate: Cael Contra a Sombra
O selo de alarme queima no braço de Cael.
Sem hesitar, ele corre até o lago e mergulha, conjurando um feitiço proibido:
"Umbra Vitae" — respiração na ausência de luz.
Nas profundezas, encontra Ezren preso em uma cúpula de espelhos, revivendo memórias:
os olhares roubados, os toques não dados, os desejos negados.
A sombra sussurra no ouvido dele:
— Ele te vê como dor. Como fraqueza.
— Como tudo que ele nunca quis ser.
Cael se aproxima. Sussurra de volta:
— Talvez.
— Mas ele é a única dor que eu aceitaria de novo. Sem arrependimento.
A mão dele atravessa o véu. Toca a de Ezren.
A fusão acontece. Luz e trevas explodem, não em destruição — mas em libertação.
🌅 Pós-Batalha: Um Momento
Ambos emergem, ofegantes. Ezren cai de joelhos, exausto.
Cael o segura. As mãos se tocam.
O silêncio que antes era incômodo... agora é íntimo. Quente. Vivo.
— Você... veio por mim. — Ezren diz, voz baixa.
— Sempre viria. — responde Cael, sem hesitação.
Ezren entrelaça os dedos nos dele. Devagar.
Não diz nada. Não precisa.
Mas antes que o momento floresça...
O Mestre Asgor aparece, em silêncio, no topo da colina.
— Vocês dois… estão sentindo.
— Isso pode ser… poder.
— Ou ruína.