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Chapter 4 - Episódio 4: A Sombra no Lago

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"Nem toda escuridão vem de fora. Às vezes, ela nasce dentro de quem ama."

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🌧️ Introdução: A Missão do Lago Vharûn

Após a provação emocional no Espelho de Veritas, Cael e Ezren são convocados pelo Mestre Asgor Vayn.

— Há algo no Lago Vharûn. Não é um monstro. É... uma fome.

— Uma sombra antiga que sussurra desejos, reflete segredos e... quebra os que se aproximam.

Ezren franze a testa.

— Houve sobreviventes?

— Três. Um arrancou os próprios olhos. O outro canta para as árvores mortas. A última… desapareceu na própria sombra.

O clima pesa. A missão é clara: descobrir, resistir, sobreviver.

🏞️ Chegada à Vila de Tharvul

A vila que margeia o Lago Vharûn está mergulhada em neblina permanente. Os aldeões se fecham em suas casas ao anoitecer e cobrem espelhos com tecidos negros.

Uma senhora, com olhar ausente, sussurra aos magos:

— Ele está no reflexo.

— Ele nos mostra o que queremos… e então leva o que temos de mais frágil.

Ezren e Cael sentem que há algo no ar — uma presença invisível… intensa, íntima e faminta.

🏚️ A Casa do Sobrevivente

Procurando respostas, eles visitam Tarnel, um dos poucos que escaparam do lago com a mente (quase) intacta.

A casa está protegida por runas antigas — símbolos de contenção emocional.

Ezren reconhece. Cael apenas sente... e compreende.

Tarnel murmura:

— Ele me mostrou... o que eu nunca disse.

— Ele me amava. E eu... nunca tive coragem. Agora ele me chama... com a voz dele... toda noite...

Ezren desvia o olhar. Cael observa em silêncio.

— Isso é magia de sugestão afetiva. — Ezren afirma.

— Ou… verdade amplificada. — Cael rebate.

🌑 Terror à Beira da Água

Na calada da noite, Ezren sai sozinho.

Guiado por algo que não compreende — ou não quer admitir.

À margem do lago, vê a superfície espelhada, imóvel como vidro.

Mas quando olha... não vê a si mesmo.

Vê Cael. Dormindo. Vulnerável. Trêmulo.

A água sussurra:

— Você quer protegê-lo…

— Ou tocá-lo?

Ezren recua. Seu selo de luz brilha, mas... é inútil.

Do lago, a sombra emerge.

Uma entidade alta, feita de espelhos rachados, com um sorriso torto de vidro e olhos que imitam os de Ezren.

— Você deseja, mas teme. Por isso... será o primeiro a se quebrar.

Ezren tenta reagir. Falha.

É arrastado para dentro do lago.

💥 Resgate: Cael Contra a Sombra

O selo de alarme queima no braço de Cael.

Sem hesitar, ele corre até o lago e mergulha, conjurando um feitiço proibido:

"Umbra Vitae" — respiração na ausência de luz.

Nas profundezas, encontra Ezren preso em uma cúpula de espelhos, revivendo memórias:

os olhares roubados, os toques não dados, os desejos negados.

A sombra sussurra no ouvido dele:

— Ele te vê como dor. Como fraqueza.

— Como tudo que ele nunca quis ser.

Cael se aproxima. Sussurra de volta:

— Talvez.

— Mas ele é a única dor que eu aceitaria de novo. Sem arrependimento.

A mão dele atravessa o véu. Toca a de Ezren.

A fusão acontece. Luz e trevas explodem, não em destruição — mas em libertação.

🌅 Pós-Batalha: Um Momento

Ambos emergem, ofegantes. Ezren cai de joelhos, exausto.

Cael o segura. As mãos se tocam.

O silêncio que antes era incômodo... agora é íntimo. Quente. Vivo.

— Você... veio por mim. — Ezren diz, voz baixa.

— Sempre viria. — responde Cael, sem hesitação.

Ezren entrelaça os dedos nos dele. Devagar.

Não diz nada. Não precisa.

Mas antes que o momento floresça...

O Mestre Asgor aparece, em silêncio, no topo da colina.

— Vocês dois… estão sentindo.

— Isso pode ser… poder.

— Ou ruína.

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