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"É curioso como o destino une justamente aqueles que fariam de tudo para se manter distantes."
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No alto das montanhas envoltas em névoa eterna, a cidade de Kar'Nath respira magia e mistério. É lá que a Guilda dos Espelhos, a mais enigmática de Evanhëar, realiza seu recrutamento anual. Centenas de jovens magos chegam carregando esperanças, ambições... e cicatrizes profundas que preferem esconder.
Entre eles está Cael, envolto em um sobretudo negro, olhar fixo no chão, como se não quisesse pertencer a lugar nenhum. Já Ezren surge em cena montado num wyvern branco, rindo com colegas e exalando confiança - ou arrogância. Seus olhos se cruzam pela primeira vez, e algo no ar se parte silenciosamente.
Ezren (pensando):
"Ótimo. Mais um gótico com pose de amaldiçoado."
Cael (pensando):
"Cheio de luz... e vazio por dentro."
Durante a prova de admissão, os candidatos são lançados numa floresta ilusória, criada por espelhos arcanos, onde precisam capturar o temido Devorador de Memórias - um espectro que se alimenta de lembranças dolorosas, corrompendo a mente dos que o enfrentam.
Por uma ironia cruel, Cael e Ezren são colocados juntos.
Ezren protesta com frieza:
- Me recuso a lutar ao lado de um usuário de magia sombria.
Cael dá de ombros:
- Então morra sozinho.
O confronto com o espectro quase os mata. O Devorador invade suas mentes, forçando-os a reviver seus piores momentos.
Cael vê o pai sendo tragado pelas sombras diante de seus olhos.
Ezren revê o templo pegando fogo, os gritos dos fanáticos da luz que o prenderam por "não ser puro".
A dor é quase insuportável.
Mas no auge do desespero, sem entender por quê, um estende a mão para o outro.
E o outro... aceita. Por um instante breve, suas mãos se tocam.
Uma conexão se forma - não de empatia, mas de instinto de sobrevivência.
🧩 CLÍMAX
Combinando seus feitiços - runas de luz com chamas emocionais sombrias - eles criam uma nova forma de magia: uma espiral que atrai o Devorador e o sela dentro de um espelho partido.
É algo nunca visto.
Os avaliadores da Guilda ficam em silêncio absoluto.
Mas ao saírem da floresta ilusória, o desprezo permanece:
Ezren:
- Fique longe de mim.
Cael:
- Com prazer.
Ambos são aprovados.
Mas no alto da torre de cristal escuro, o Mestre da Guilda dos Espelhos observa, com um olhar carregado de presságio:
"Esses dois... vão se destruir. Ou se salvar."