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"Não há inimigo maior do que a versão de nós mesmos que fingimos não ser."
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🌌 Abertura: Treinamento nas Salas de Ilusão
De volta à Guilda dos Espelhos, os recrutas iniciam os Treinamentos de Ilusão.
Entre eles, Cael e Ezren se destacam — não apenas pelo talento individual, mas por algo muito mais raro:
A fusão entre luz e trevas. Uma combinação considerada instável, até mesmo impossível.
O mestre da guilda, Asgor Vayn, os observa com olhos experientes e advertência no tom:
— Vocês dois... não fazem ideia do que estão despertando. Nem do que isso vai custar.
🧭 A Prova do Espelho
Nas profundezas da sede da guilda existe uma sala interditada:
O Salão de Veritas, onde repousa o Espelho do Véu Partido, um artefato que não reflete corpos — mas almas.
Ele mostra o que a mente reprime.
O que o coração finge esquecer.
E o que o espelho verdadeiro do ser deseja... ou teme.
Ezren e Cael são convocados sem aviso.
— Prova conjunta. Um só sai se o outro vencer a si mesmo.
O salão é tomado por névoa prateada. Espelhos flutuam ao redor, girando em silêncio absoluto.
De repente… o chão se rompe. E o mundo, junto com ele.
🕳️ Dimensão Ilusória: Ecos da Alma
Ambos são jogados em realidades internas — mundos oníricos construídos a partir de suas próprias dores.
🔮 Ezren:
Ele volta para sua infância. Está com seu pai — um mago respeitado da Luz — ensinando-o com orgulho.
Mas a expressão do pai muda. Fria. Displicente.
— Você me decepcionou.
— Fraco. Sentimental.
— E ainda sente algo por aquele... aberração das sombras?
Ezren tenta argumentar, mas sua imagem se parte em pedaços.
De dentro do espelho, surge Ezren Sombrio — mais velho, arrogante, com os olhos vazios de emoção e armadura cerimonial.
— Mate o que sente. Ou será destruído por isso.
Ezren tenta fugir. Mas a voz o persegue:
— O amor te enfraquece. E você já sabe disso.
🌑 Cael:
Preso num quarto escuro, Cael ouve ecos de correntes. As mesmas que o acorrentavam quando criança, prisioneiro de um culto que temia sua magia.
Uma voz feminina — suave, cruel — sussurra:
— Você nasceu corrompido, Cael.
— Sua magia… sua alma… até seu desejo. Tudo errado.
Ele grita, mas não há quem o ouça. Do espelho surge Cael Carmesim — olhos vermelhos, sorriso amargo, vestes escuras manchadas de sangue.
— Ezren nunca vai amar o que você é.
— Ele vai embora. Como todos.
— Como deveria.
A cada tentativa de quebrar o espelho, Cael vê Ezren sorrindo… com outra pessoa. Livre. Feliz.
E ele… sempre sozinho.
💥 Clímax: O Confronto dos Reflexos
O Espelho une suas consciências num espaço limítrofe — uma ponte de luz quebrada sobre um abismo de sombras.
Eles se encontram. E pela primeira vez... vêem. Realmente se vêem.
Ezren encara o Cael ferido, criança, com correntes ainda nos pulsos.
Cael encara o Ezren quebrado, tentando esconder o medo de não ser suficiente.
— Você não é meu inimigo. — diz Ezren.
— Eu tenho medo de você ir embora. — sussurra Cael.
Seus reflexos distorcidos os atacam, alimentados por dúvida, culpa, desejo negado.
A batalha que se segue é emocional e mágica — feitiços que oscilam entre destruição e defesa, entre toque e repulsa, entre aceitação e negação.
No momento final, a única forma de vencer é canalizar uma magia ancestral — um encantamento que só pode ser ativado por sentimento verdadeiro compartilhado.
Ezren hesita... depois toca o peito de Cael, sobre o coração.
— Eu não te entendo por completo…
— Mas eu te vejo. E eu... não quero mais fingir que não sinto nada.
A fusão acontece. Luz e sombra dançam, giram, colapsam e se expandem.
O espelho quebra. As ilusões desabam.
🖤 Pós-Prova: Silêncio, Olhares, Verdade
De volta ao salão real, os dois acordam lado a lado.
Suados. Tremendo. Mas vivos.
Cael está com os olhos vermelhos — não pela aura sombria… mas por ter chorado.
Ezren se senta ao lado dele. Silêncio.
— O que você viu lá dentro? — pergunta Ezren.
— Você... indo embora. Como todo mundo. — Cael responde, voz trêmula.
Ezren engole seco. Se inclina, quase tocando a mão do outro.
Mas antes que qualquer palavra se complete…
O sino da Guilda ecoa. Uma nova missão os aguarda.