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"Quando o amor começa a nascer, a escuridão também encontra brechas para entrar."
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☁️ Prólogo: O Olhar de um Monstro
Cael está sozinho no quarto, em frente a um espelho antigo. Sua imagem o encara… mas não o imita.
Ela pisca com atraso. Depois sorri.
Não com os lábios. Mas com dentes — finos, afiados, impossíveis.
— Você o tocou.
— Você o sentiu.
— Agora… eu também posso sentir.
Cael recua, ofegante. Mas os olhos continuam abertos.
Ele não estava dormindo.
🌀 Efeitos Pós-Lago
Desde o mergulho em Vharûn, algo mudou em Cael.
Sussurros o perseguem quando fecha os olhos.
Palavras em uma língua estranha…
Que ele nunca aprendeu, mas entende.
Ezren observa — e se preocupa.
Cael evita olhá-lo.
Treme ao conjurar magia sombria.
Fala nomes que não são dele. Às vezes, em voz baixa… diz "Ezren" com pesar.
⚔️ Confronto no Campo de Treino
Ezren o encara, furioso e ferido.
— Você tá me escondendo alguma coisa.
— Não é da sua conta.
— A partir do momento em que quase morri por você… é sim.
Cael segura a raiva. Mas falha.
Uma lágrima escapa.
Ele se vira, pronto para desaparecer.
Ezren o segura pelo ombro.
Cael não se afasta. Pela primeira vez.
🏛️ A Câmara dos Ecos
O Mestre Asgor os envia à Câmara dos Ecos — uma biblioteca consciente, que responde apenas a perguntas feitas com emoções verdadeiras.
Diante de um tomo vazio, Ezren pergunta:
— O que é a sombra que se ligou a ele?
As páginas se escrevem, devagar. Com tinta negra e viva:
"O Espreitador vincula-se a quem deseja… mas nega.
Alimenta-se do amor calado.
Cresce como raiz em terra de dor."
Ezren fecha o livro. Os olhos pesam.
— Isso é culpa minha.
— Eu sentia… mas calei.
— E agora ele paga o preço.
Cael o observa, tremendo.
— Eu tô… me partindo, Ezren.
Ezren segura sua mão com firmeza.
— Então parte comigo.
🌫️ Terror Noturno
Naquela noite, a névoa invade a Guilda.
Corredores se deformam. Portas se abrem sozinhas.
Gritos. Sussurros. Frases distorcidas:
— "Você o quer, mas teme."
— "Você o ama, mas mente."
Ezren corre. O selo de alarme queimando no braço.
Na Torre Leste, encontra Cael flutuando.
Tentáculos de sombra líquida envolvem seu corpo.
Os olhos negros. A voz distorcida.
— Você devia ter me deixado morrer no lago…
💔 Confronto Emocional
Ezren tenta usar luz.
Nada acontece. A sombra ri.
Então… ele deixa a magia ir.
E usa a verdade.
— Eu te odiei no começo.
Porque você me enxergava.
Porque você… via o que nem eu queria ver.
— Mas agora…
Eu sei que quero entender isso com você.
— Mesmo se for escuridão.
Mesmo se doer.
Ele entra na barreira. A sombra queima sua pele.
Ezren abraça Cael. Forte. Real.
— Se for pra cair…
Que seja junto.
A escuridão explode em luz pálida.
Silêncio absoluto.
🌘 Epílogo: A Confissão Silenciosa
Horas depois. Enfermaria da guilda.
Cael desperta. Ezren está ali, dormindo sentado, com os dedos entrelaçados nos dele.
Cael fala, com voz baixa:
— A criatura… ainda está em mim?
Ezren sorri, cansado.
— Talvez.
Mas agora ela vai ter que dividir espaço comigo.
Cael fecha os olhos.
Não diz obrigado.
Não precisa.
Ele apenas aperta os dedos de volta.