Ficool

Chapter 5 - Episódio 5: Vozes na Névoa

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"Quando o amor começa a nascer, a escuridão também encontra brechas para entrar."

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☁️ Prólogo: O Olhar de um Monstro

Cael está sozinho no quarto, em frente a um espelho antigo. Sua imagem o encara… mas não o imita.

Ela pisca com atraso. Depois sorri.

Não com os lábios. Mas com dentes — finos, afiados, impossíveis.

— Você o tocou.

— Você o sentiu.

— Agora… eu também posso sentir.

Cael recua, ofegante. Mas os olhos continuam abertos.

Ele não estava dormindo.

🌀 Efeitos Pós-Lago

Desde o mergulho em Vharûn, algo mudou em Cael.

Sussurros o perseguem quando fecha os olhos.

Palavras em uma língua estranha…

Que ele nunca aprendeu, mas entende.

Ezren observa — e se preocupa.

Cael evita olhá-lo.

Treme ao conjurar magia sombria.

Fala nomes que não são dele. Às vezes, em voz baixa… diz "Ezren" com pesar.

⚔️ Confronto no Campo de Treino

Ezren o encara, furioso e ferido.

— Você tá me escondendo alguma coisa.

— Não é da sua conta.

— A partir do momento em que quase morri por você… é sim.

Cael segura a raiva. Mas falha.

Uma lágrima escapa.

Ele se vira, pronto para desaparecer.

Ezren o segura pelo ombro.

Cael não se afasta. Pela primeira vez.

🏛️ A Câmara dos Ecos

O Mestre Asgor os envia à Câmara dos Ecos — uma biblioteca consciente, que responde apenas a perguntas feitas com emoções verdadeiras.

Diante de um tomo vazio, Ezren pergunta:

— O que é a sombra que se ligou a ele?

As páginas se escrevem, devagar. Com tinta negra e viva:

"O Espreitador vincula-se a quem deseja… mas nega.

Alimenta-se do amor calado.

Cresce como raiz em terra de dor."

Ezren fecha o livro. Os olhos pesam.

— Isso é culpa minha.

— Eu sentia… mas calei.

— E agora ele paga o preço.

Cael o observa, tremendo.

— Eu tô… me partindo, Ezren.

Ezren segura sua mão com firmeza.

— Então parte comigo.

🌫️ Terror Noturno

Naquela noite, a névoa invade a Guilda.

Corredores se deformam. Portas se abrem sozinhas.

Gritos. Sussurros. Frases distorcidas:

— "Você o quer, mas teme."

— "Você o ama, mas mente."

Ezren corre. O selo de alarme queimando no braço.

Na Torre Leste, encontra Cael flutuando.

Tentáculos de sombra líquida envolvem seu corpo.

Os olhos negros. A voz distorcida.

— Você devia ter me deixado morrer no lago…

💔 Confronto Emocional

Ezren tenta usar luz.

Nada acontece. A sombra ri.

Então… ele deixa a magia ir.

E usa a verdade.

— Eu te odiei no começo.

Porque você me enxergava.

Porque você… via o que nem eu queria ver.

— Mas agora…

Eu sei que quero entender isso com você.

— Mesmo se for escuridão.

Mesmo se doer.

Ele entra na barreira. A sombra queima sua pele.

Ezren abraça Cael. Forte. Real.

— Se for pra cair…

Que seja junto.

A escuridão explode em luz pálida.

Silêncio absoluto.

🌘 Epílogo: A Confissão Silenciosa

Horas depois. Enfermaria da guilda.

Cael desperta. Ezren está ali, dormindo sentado, com os dedos entrelaçados nos dele.

Cael fala, com voz baixa:

— A criatura… ainda está em mim?

Ezren sorri, cansado.

— Talvez.

Mas agora ela vai ter que dividir espaço comigo.

Cael fecha os olhos.

Não diz obrigado.

Não precisa.

Ele apenas aperta os dedos de volta.

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