Com o apoio dos companheiros, Page One reacendeu sua chama.
Eles se ajudaram mutuamente, avançando passo a passo.
Cada passo parecia uma luta contra um inimigo invisível, e cada respiração, um desafio aos seus limites físicos.
Finalmente!
Quando completaram as dez voltas, todos caíram no chão, exaustos.
No momento em que seus corpos tocaram o solo, foi como se o mundo inteiro tivesse ficado em silêncio.
"Huff… huff… huff…" — todos arfavam, tentando puxar para os pulmões o máximo de ar que conseguiam.
Page One se deitou no chão, ofegante, e disse:
"Obrigado a todos… Se não fosse por vocês, eu não teria conseguido terminar…"
King então se aproximou.
"Nada mal. Pensei que você não fosse aguentar."
Sua voz, embora fria, tinha um leve traço de aprovação.
"Mas seu desempenho foi inesperado. O treino de hoje termina aqui."
Os jovens arregalaram os olhos.
King completou:
"Vou lhes dar… dois dias e meio de descanso."
Essas palavras caíram como uma bomba em um lago calmo, agitando mil ondas!
As expressões de cansaço foram imediatamente substituídas por euforia.
Page One chegou a rolar no chão de tanta felicidade, gritando:
"Isso é ótimo!"
"Finalmente podemos descansar!"
"Dois dias e meio de folga!"
"Férias, férias~!"
Seu rostinho vermelho pela excitação era pura alegria, e sua risada ecoava pelo campo.
"Hehehehehe~"
Vendo todos tão animados, King voltou a falar, implacável:
"Descansem bem nesses dois dias e meio. No futuro, os treinos seguirão esse mesmo padrão… e a intensidade só vai aumentar. Preparem-se mentalmente."
Todos soltaram um suspiro nervoso:
"Ah… não…"
Mas logo os rostos voltaram a sorrir.
Apesar da dureza, eles sabiam o quanto esses treinos estavam os fortalecendo.
Talento sem esforço não valia nada no mundo dos piratas.
Rels D. Morpheus riu e sugeriu:
"Então vamos planejar como aproveitar esses dois dias e meio!"
Maria piscou os olhos, o brilho vivo refletindo o entusiasmo:
"Que tal descansarmos hoje e, amanhã, irmos à praia? Sentir a brisa do mar… relaxar um pouco…"
"Boa ideia!", exclamou Page One, batendo palmas animado.
Ele parecia um passarinho pulando de alegria.
No dia seguinte, todos se reuniram e seguiram para a praia.
O mar azul se estendia até onde a vista alcançava, e as ondas quebravam suavemente contra a costa.
A areia branca brilhava sob o sol como uma faixa dourada.
Maria não resistiu: tirou os sapatos e correu descalça, rindo enquanto sentia a maciez da areia entre os dedos dos pés.
Page One, por outro lado, pegou um balde e uma pá, começando imediatamente a construir um castelo de areia.
Logo, ele corria pela praia, jogando areia para todos, provocando risadas.
Depois mergulhou no mar como um peixinho alegre, nadando e gargalhando alto, sua voz ecoando pelo vasto oceano.
"Rels! Maria! Venham nadar comigo!" — gritou Page One, batendo na água e levantando ondas.
Rels D. Morpheus observava da areia, com uma ponta de inveja.
Ele também queria mergulhar no mar, mas sabia que não podia.
Maria, do mesmo modo, ficou apenas na praia.
Ambos já tinham comido Akuma no Mi… e para usuários de Frutas do Diabo, o mar era como um abismo sem retorno.
No mundo dos piratas, ninguém sabia ao certo de onde vinham as Akuma no Mi.
Essas frutas misteriosas alteravam o corpo e a essência de quem as comia, concedendo poderes incríveis… mas em troca, enterravam uma maldição: a fraqueza absoluta diante do mar.
Rels refletiu: talvez as células de um usuário fossem envolvidas por uma energia especial, repelida pela composição da água do mar, como ímãs de polos iguais.
Ao entrar em contato com o oceano, a força repulsiva se tornava insuportável, drenando toda a força do corpo.
"Talvez seja o próprio 'demônio' dentro de nós sendo expulso pela água", pensou.
Mas ninguém sabia a verdade.
De qualquer forma, a compensação era clara: os poderes concedidos eram infinitamente mais valiosos do que a perda.
Rels lembrou de uma frase que havia ouvido em sua vida anterior, na Blue Star:
"Não existem Frutas do Diabo inúteis, apenas usuários inúteis."
Ele resmungou consigo mesmo, rindo ironicamente:
"Que porcaria… devia pensar antes de falar, seu cabeça-de-bagre."
Afinal, havia sim Frutas mais fortes e mais fracas.
As Zoan comuns não se comparavam às Ancient Zoan… e muito menos às lendárias Mythical Zoan.