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Chapter 47 - Capítulo 46: Fúria contra Guerra - O Olhar dos Lanternas

A oitava rodada do Ragnarok irrompeu com uma intensidade visceral, uma explosão de energia que fez tremer o próprio coliseu. Akuma No Kenji, impulsionado pela fúria primordial do Anel Vermelho, avançou como uma bala de canhão carmesim contra Ares, o deus grego da guerra, que o encarava com um misto de curiosidade calculista e um desdém enraizado em milênios de superioridade divina.

O Confronto na Arena: A Dança da Destruição

Akuma No Kenji: A aura vermelha que o envolvia não era apenas uma manifestação de raiva, mas uma extensão física do poder bruto do Anel. Seu corpo transformado em uma armadura orgânica e carmesim, pulsava com veias protuberantes e garras afiadas, tornando-o uma imagem de terror e poder descontrolado. Ele atacava com uma ferocidade implacável e animalesca, golpes rápidos, poderosos e imprevisíveis imbuídos de energia vermelha destrutiva. Sua raiva parecia alimentá-lo, tornando-o mais forte e resistente a cada ataque de Ares, uma fonte de energia ilimitada que desafiava a lógica. Construtos de energia vermelha em forma de armas brutais – martelos improvisados, lâminas serrilhadas, chicotes de energia – surgiam de seu anel com a velocidade do pensamento, colidindo com a lança e o escudo divinos do deus da guerra, causando explosões de energia e faíscas. A cada impacto, a fúria de Kenji parecia corroer não apenas a defesa de Ares, mas também sua própria paciência.

Ares: Inicialmente subestimando o mortal, vendo-o como mais um humano arrogante, Ares logo percebeu a força incomum e a resiliência aterrorizante de seu oponente. A energia vermelha era diferente de qualquer poder humano ou divino que ele já havia enfrentado; não era magia, nem Ki, nem divindade, mas algo mais primordial e avassalador. Ele defendia-se com sua lança e escudo divinos, seus movimentos precisos e experientes, dignos de um mestre da guerra. Mas a fúria implacável e irracional de Kenji o forçava a recuar em alguns momentos, algo que Ares raramente fazia. O deus da guerra reconhecia a familiaridade daquela raiva selvagem, um eco distante da sua própria sede de batalha, mas amplificada e distorcida a um ponto quase irreconhecível. Havia um puro ódio existencial por trás daquela fúria.

A Opinião dos Outros Lanternas Primais (Mentalmente): O Coro da Preocupação

Enquanto a batalha se desenrolava, os outros Lanternas Primais observavam com uma mistura de apreensão, fascínio e preocupação, suas vozes ressoando mentalmente através do link que os unia, um coro de emoções diversas.

Naruto (Força de Vontade): "Essa raiva… é tão intensa. Ele está lutando com tudo o que tem, mas será que essa fúria é controlável? Espero que ele não se perca nela, que não seja consumido pelo próprio poder." Naruto observava com uma preocupação visível, lembrando-se dos perigos de emoções extremas descontroladas, como Íon o havia ensinado sobre o equilíbrio da força de vontade.

Ash (Vida): "Sinto tanta dor emanando dele… uma tristeza profunda, quase um abismo, alimentando essa raiva. Espero que ele não se machuque demais, ou que não ultrapasse um limite de onde não há retorno. E que não machuque o Ares desnecessariamente, o foco é a vitória da humanidade, não a aniquilação do oponente…" A preocupação de Ash estendia-se a ambos os combatentes, sua natureza pacífica e empática conflitante com a violência brutal da batalha.

Aoi Hikari no Sōsha (Esperança): "Mesmo em meio à fúria mais selvagem, há uma centelha de determinação em seus olhos, uma vontade de vencer pela humanidade. Ele está lutando à sua maneira, e é por isso que ele é um campeão. Que sua raiva seja um escudo protetor contra o desespero, não uma prisão que o aprisione." O Lanterna da Esperança buscava um lado positivo na intensidade de Kenji, esperando que sua luta acendesse a esperança nos corações humanos, mesmo que de forma indireta e brutal.

Konjiki no Kaihōsha (Compaixão): "A dor que ele carrega, a angústia de sua alma, é palpável e esmagadora. Espero que, através desta luta catártica, ele possa encontrar algum tipo de alívio, mesmo que momentâneo, da agonia que o consome. A raiva sem propósito, sem uma causa maior, só causa mais sofrimento." A Lanterna da Compaixão sentia a angústia profunda por trás da fúria de Kenji, desejando que ele encontrasse paz, mesmo que através da batalha.

Murasaki no Kizuna (Amor): "Uma raiva tão forte… tão avassaladora. Onde está o amor em seu coração? Espero que ele esteja lutando por algo mais do que apenas ódio, que haja um laço, uma conexão com a humanidade que o impulsione, e não apenas a vingança." A Lanterna do Amor buscava a conexão mais profunda por trás da violência, esperando que o ódio de Kenji fosse direcionado por um propósito maior de proteção.

Obi no Akumu (Medo): "Essa fúria… é quase palpável, um terror que pode ser sentido. Se ele perdesse o controle total, seria aterrador para ambos os lados. Mas essa intensidade e o medo que ela inspira também podem ser uma arma poderosa contra os deuses." O Lanterna do Medo observava com um misto de apreensão e reconhecimento do potencial destrutivo, mas eficaz, da raiva.

Gouyoku no Shosha (Avareza): "Que poder bruto! Que força sem igual! Se eu pudesse canalizar uma raiva assim, uma energia tão poderosa… seria uma aquisição valiosa para mim. Mas ele parece tão consumido por ela, tão cego em sua fúria… um desperdício de um recurso valioso, não usado para o seu próprio benefício." O Lanterna da Avareza via a fúria de Kenji como uma fonte de poder a ser cobiçada, mas também como algo que o impedia de ser verdadeiramente útil para seus próprios fins egoístas.

Kogane no Yorokobi (Felicidade): "É tão… intenso e avassalador. Espero que ele encontre um pouco de alegria ou paz depois de tudo isso, independentemente do resultado. Lutar com tanta raiva e peso deve ser exaustivo e doloroso para a alma." A Lanterna da Felicidade contrastava a fúria de Kenji com seu próprio desejo de trazer alegria, preocupada com o bem-estar duradouro do combatente.

Kage no Rekuiemu (Morte): "A raiva é uma força que muitas vezes precede a morte, um catalisador para o fim. Que ele a use sabiamente e com propósito, pois o limiar entre a vida e o fim é tênue e facilmente cruzado em batalha. A morte aguarda ambos." O Lanterna da Morte observava com uma perspectiva sombria e pragmática, ciente das consequências finais do confronto.

Shigai no Azatoi (Vergonha): "Uma raiva tão exposta, tão visceral… é quase uma vulnerabilidade, uma fraqueza que pode ser explorada. Será que seus inimigos, especialmente Ares, verão isso e explorarão essa falta de controle para virar a maré da batalha?" A Lanterna da Vergonha via a fúria de Kenji como uma possível fraqueza a ser explorada pelo oponente divino, uma brecha na sua defesa.

O Desenrolar da Batalha: Fúria Brutal Contra Tática Divina

A luta prosseguia com uma ferocidade crescente, transformando a arena em um caos de impactos e energias. Ares, acostumado a combates estratégicos e táticos, com anos de experiência, encontrava-se em uma batalha de pura intensidade contra Kenji, um adversário que não seguia lógica ou previsibilidade. A energia vermelha do Anel da Raiva não apenas causava dano físico, mas parecia corroer a própria energia divina de Ares a cada impacto, causando-lhe ferimentos que se curavam mais lentamente do que o normal, exaurindo-o gradualmente.

No entanto, a experiência milenar e a habilidade divina inata de Ares começaram a prevalecer em alguns momentos. Ele conseguia prever alguns dos ataques mais brutos e descontrolados de Kenji e contra-atacar com precisão cirúrgica, apesar da fúria cega do mortal. A batalha tornava-se um teste de resistência brutal e poder bruto, com a emoção da raiva sendo a principal arma de Kenji, enquanto Ares dependia de sua técnica e disciplina inabaláveis. O destino da oitava rodada permanecia incerto, pendurado na balança entre a fúria primordial e a maestria divina.

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