Ficool

Chapter 3 - 3#

O tempo passou rápido.

Logo, já se completava um ano.

No Novo Mundo, em uma ilha monstruosa e desconhecida.

Um urso branco gigantesco, com mais de oito metros de altura, corria selvagemente pela selva, perseguindo presas várias vezes maiores que ele.

Esse urso colossal estava coberto por raios violentos que crepitavam em seu corpo. Com um salto carregado de eletricidade, ergueu-se no ar.

— “O poder de um maldito urso!!!”

Uma voz masculina, ainda levemente infantil, ecoou da boca da fera, reverberando pela floresta graças ao corpo enorme.

Assim que a voz caiu, a pata desceu.

BOOOM!!!

Um estrondo brutal, misturado com o rugido do trovão, sacudiu a selva. Árvores gigantes tombaram em sequência, quebradas ao meio.

Quando a poeira assentou, a presa já estava totalmente carbonizada, soltando um cheiro delicioso de carne assada.

O urso branco então recuou a transformação, revelando-se como um garoto.

Mas, embora ainda tivesse o rosto jovem, seu corpo já havia ultrapassado o de um adulto comum. Estava com quase dois metros de altura.

O cabelo, antes escuro, agora era inteiramente branco.

As pupilas negras haviam se transformado em azuis, como cristais elétricos.

Seu corpo, moldado por um ano de fome constante e de batalhas intermináveis, havia se tornado incrivelmente musculoso, quase monstruoso.

Se não fosse pelo rosto juvenil, poderia ser confundido com um guerreiro veterano.

…Mas esse contraste o incomodava.

Ele lembrava a expressão inocente de Nezha nas paródias que vira antes de transmigrar.

Chegou a pensar em se bronzear para parecer mais intimidador, mas a Zoan Mítica que havia comido purificara seu corpo. Nenhuma impureza permanecia.

E, ainda mais assustador:

seu talento era absurdo.

Ele tinha certeza que até mesmo a defesa lendária do “balão de ferro” de Big Mom (Charlotte Linlin) não se comparava ao seu corpo.

Ainda assim, aquele ano não fora nada fácil.

Logo nos primeiros meses, descobriu que até os animais daquela ilha sabiam usar dois tipos de Haki.

Mesmo com sua força física anormal, sem Haki ofensivo, suas garras não conseguiam cortar defesas reforçadas.

Foi obrigado a caçar presas pequenas para sobreviver.

Por sorte, sua resistência era monstruosa.

Até as presas gigantes, com dentes cobertos por Haki da Armadura, não conseguiam feri-lo.

Um ano inteiro se passou sem que tivesse um único arranhão.

Foi também assim que confirmou estar no Novo Mundo e não na Calm Belt:

ali havia vento no mar.

Essa constatação o impediu de se lançar ao oceano cedo demais.

Na segunda metade da Grand Line, piratas de cem milhões de berries eram tão comuns quanto cachorros de rua.

Mas agora…

ele já estava pronto.

Talvez não fosse o mais forte, mas sabia que, se não pudesse vencer, pelo menos poderia fugir.

E havia mais:

diferente de outros usuários de Akuma no Mi, ele conseguia entrar no mar sem problemas — apenas não conseguia usar seus poderes de raio dentro da água.

Era como se sua fruta fosse mais do que apenas uma Zoan.

Um “cheat” de transmigrador.

Alguns dias depois.

Naquela manhã, Volibear acordou cedo e observou o clima.

— “Hmm… Céu limpo, brisa suave do mar. Um bom dia para zarpar.”

Acostumado à solidão, falava sozinho.

Entrou em seu abrigo, um enorme tronco oco, e retirou um fardo de comida embrulhada em folhas gigantes.

Olhou para a árvore imensa que lhe servira de lar por um ano.

Sentiu um nó de despedida no peito.

Mas, nostalgia ou não, era hora de partir.

Arrastou o barco que havia improvisado — nada além de troncos amarrados.

Não era bonito, mas era grande e resistente o suficiente.

Afinal, ninguém ensina carpintaria naval na escola.

Colocou a comida a bordo e puxou a embarcação até a beira do mar.

Foi então que, pelo canto do olho, avistou um ponto negro no horizonte.

— “Caramba… seres vivos!”

O coração disparou.

Naquele ano inteiro, só havia visto bestas e árvores.

Era a primeira vez que encontrava pessoas.

Decidiu esperar.

Se aqueles viajantes aportassem na ilha, poderia confirmar de vez se estava mesmo no mundo de One Piece.

Mas, ao contrário de sua empolgação, o navio que se aproximava carregava apenas silêncio e ódio.

Era uma embarcação dilapidada, com poucos tripulantes exaustos.

Todos vestiam trajes de samurais, rasgados e manchados.

Suas katanas estavam quebradas, algumas reduzidas a cabos sem lâmina.

E o rancor em seus olhos revelava as batalhas sangrentas que haviam travado.

— “Droga! Já é a nona perseguição.”

— “Aquele bastardo do Orochi se aliou ao Kaido para roubar o País de Wano.”

— “Quando escaparmos e encontrarmos os antigos aliados de Oden-sama, voltaremos para matá-lo!”

Um jovem samurai, pálido mas cheio de esperança, ergueu a voz.

A lembrança de Kozuki Oden reacendeu os ânimos.

Roger já havia partido, mas ainda restava Barba Branca, o homem mais forte do mundo.

O desespero do navio foi substituído por um lampejo de esperança.

Então, da vigia no mastro, um grito:

— “Senhor! Uma ilha à frente!”

O líder dos samurais não hesitou:

— “Vamos. Vamos nos esconder lá até as coisas se acalmarem.”

Estavam famintos, sem suprimentos, e não tinham escolha.

Mas o destino não lhes deu trégua.

No céu atrás do navio, surgiu um pássaro negro gigante, envolto em chamas furiosas, avançando em alta velocidade.

O terror tomou conta dos samurais.

— “Droga… é um dos All-Stars de Kaido!!!”

— “Por que alguém desse nível viria pessoalmente?”

O líder suava frio, segurando a katana trêmula.

Enquanto isso, escondido na floresta da ilha, Volibear assistia tudo, os olhos arregalados.

Ele também queria a resposta para aquela pergunta.

👉 Aqui já temos a conexão direta: Wano, Orochi, Kaido, samurais fugitivos, All-Stars aparecendo.

Quer que eu continue traduzindo/adaptando e, no próximo trecho, já mostre qual dos All-Stars está perseguindo (King, Queen ou Jack), ou prefere que eu mantenha genérico como no original?

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