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Transplantei o coração de um demônio e me tornei uma fera imbatível

BOLACHA
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Synopsis
(Sem sistema, múltiplas heroínas, caminho demoníaco) Fang Ling, possuidor do Corpo Sagrado do Caos, desde o nascimento foi disputado por várias forças. Seu coração, olho direito e ossos preciosos foram arrancados um a um… Após muitas reviravoltas, o quase moribundo Fang Ling foi deixado por um bondoso desconhecido diante de um antigo templo. Ninguém sabia que, dentro desse templo, estavam cinco mestres incomparáveis em reclusão. Eles haviam se isolado por dezenas de milhares de anos, selando o Coração Imortal do Senhor Demônio. Quando o Coração Imortal entrou em rebelião e os cinco não conseguiram contê-lo, arriscaram tudo e o implantaram no corpo do bebê. O Corpo Sagrado incompleto se fundiu milagrosamente com o Coração Imortal, e assim nasceu uma criatura mortal sem igual…
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Chapter 1 - Capítulo 1 — O Mosteiro nas Montanhas que Sela os Demônios

Em abril, quando as flores do mundo mortal já haviam murchado, as ameixeiras do templo nas montanhas ainda floresciam em pleno esplendor.

O Templo Hanshan erguia-se no alto das montanhas; por isso, mesmo nessa época do ano, ainda se podia ver as flores de pêssego desabrochando em seu cume.

Diante dos portões do templo, uma mulher vestida de azul quebrou um galho florido e o colocou com cuidado dentro do cobertor que envolvia o bebê em seus braços.

O bebê, envolto em panos, pareceu se animar um pouco com a companhia das pétalas cor-de-rosa — sua pálpebra esquerda se moveu levemente, como se tentasse abrir os olhos.

Ao ver isso, a mulher sentiu o coração apertar.

"Na próxima vida… não venha mais a este mundo…" murmurou ela, com tristeza.

"Ouvi dizer que neste Templo Hanshan há vários monges iluminados."

"Deixarei que eles… façam um ritual de passagem para você."

Ela não bateu à porta. Apenas se ajoelhou, colocou o cobertor com o bebê diante do portão e, logo depois, uma brisa suave soprou — e a mulher desapareceu, como se nunca tivesse existido.

Algum tempo depois, um monge robusto, de aparência marcial, saiu do templo.

Ele viu o bebê no chão, pegou-o nos braços e voltou para dentro.

"Ei! Venham ver isso! Tem uma criança aqui!" gritou o monge corpulento no pátio.

Não muito longe, um jovem de olhar traiçoeiro riu de forma zombeteira:

"Eu odeio crianças. Zhao Manzi, por que você não a come logo?"

O monge chamado Zhao Manzi passou a mão sobre a cabeça brilhante e careca, resmungando:

"Mas eu nunca como crianças… Crianças crescem. Quando crescem, têm mais carne pra mastigar."

"Gordo, que tal usar o bebê pra alimentar seus bichinhos?" o jovem de olhar malicioso virou-se para o fogão e perguntou, impaciente.

Mas o homem ocupado na cozinha não respondeu.

Nesse momento, um homem de meia-idade de aparência nobre e etérea — com traços elegantes e uma presença quase divina — saiu do grande salão.

Seus passos eram firmes e solenes, lembrando os de um imortal caminhando entre os mortais.

Ele aproximou-se da mesa de pedra e observou atentamente o bebê por um momento.

Depois, balançou a cabeça e suspirou:

"Que pena… Um corpo sagrado do Caos, destruído dessa forma."

"Corpo sagrado do Caos?" O jovem malicioso se aproximou rapidamente, surpreso. "Achei que fosse um Corpo Imortal Eterno! Isso é uma constituição de nível supremo!"

"Essas pessoas do mundo exterior estão cada vez mais cruéis… Olhem o que fizeram com ele!"

"O coração foi arrancado, o olho direito removido… até os ossos foram violados — faltam duas partes inteiras."

O homem gordo, atraído pelas palavras "corpo sagrado do Caos", saiu da cozinha. Seu rosto tremia com cada passo, e o enorme abdômen parecia prestes a explodir.

"Eu já suspeitava. Um bebê tão pequeno sem coração e ainda vivo — o Corpo Imortal não suportaria isso. Só o Corpo Sagrado do Caos seria capaz." disse ele, aproximando-se para olhar.

"Amitabha… misericórdia, misericórdia…"

De repente, um velho monge surgiu do nada. Suas sobrancelhas brancas eram tão longas que pendiam sobre os ombros.

"Pobre criança… que destino cruel."

"Salvar uma vida é mais virtuoso que construir sete torres de ouro."

"Algum de vocês tem como salvá-lo?" perguntou o velho monge.

O jovem de olhar perverso cruzou os braços e riu:

"Mestre, ninguém pode viver sem coração. É impossível salvá-lo."

O homem de aparência celestial fez um cálculo com os dedos e também balançou a cabeça:

"O coração foi arrancado há um mês. Já é tarde demais. Se tivesse sido antes, talvez ele pudesse viver mais alguns anos."

"Eu posso prolongar sua vida, mas só isso. Quando eu parar, ele morrerá." disse Zhao Manzi em tom grave.

O gordo sorriu com um brilho cruel nos olhos:

"Combinado! Quando ele morrer, o corpo é meu."

"Criar vermes venenosos com um Corpo Sagrado do Caos deve dar resultados excelentes."

O velho monge suspirou, impotente:

"Parece que este é o destino dele."

"Que sofrimento… que tristeza…"

"Pequeno benfeitor, deixarei que siga em paz — e ao menos não sofrerá mais neste mundo."

O monge de sobrancelhas brancas pousou o rosário, levantou a mão enrugada e pousou-a sobre a cabeça do bebê.

Um brilho dourado emanou de seu corpo; ele se preparava para extinguir a vida da criança de forma gentil.

Mas, naquele instante, uma energia sombria e maligna irrompeu do interior do grande salão.

Os cinco homens mudaram de expressão e correram para dentro.

Uniram forças, tentando conter aquilo que estava selado sob a estátua de Buda.

Dessa vez, porém, algo estava diferente — a força da criatura era muito mais feroz. Mesmo juntos, não conseguiam mais contê-la.

"É o Coração do Demônio Primordial! Mesmo selado por eras incontáveis, ainda é tão poderoso!"

As longas sobrancelhas do velho monge tremiam; ele mal conseguia se manter firme.

"Fomos enganados o tempo todo… Ele ainda tem esse poder…" o jovem malicioso rugiu com ódio.

"Maldito Imperador Branco! Disse que o poder dos cinco seria mais que suficiente!"

"Ha! Ele só queria nos usar como peões!"

O monge guerreiro gritou:

"Rápido, pensem em algo! Se ele escapar, o Grande Formeio de Aniquilação se ativará, e todos morreremos!"

O gordo berrou:

"Espadachim Demoníaco! Por que está calado?"

O homem de aparência etérea — o tal Espadachim Demoníaco — estreitou os olhos e respondeu:

"Tenho um plano, mas é arriscado."

"Fale logo! Se demorar, estaremos todos mortos!" o jovem malicioso o pressionou.

O Espadachim olhou para trás — seus olhos pousaram no cobertor sobre a mesa de pedra.

"Esse bebê possui o Corpo Sagrado do Caos… e sua força vital está prestes a se extinguir."

"Podemos deixá-lo absorver a energia do Coração do Demônio. Assim, ele dividirá a carga conosco."

"Com isso, talvez consigamos conter a rebelião do Coração Demoníaco."

Os outros trocaram olhares — e seus olhos se iluminaram.

"Boa ideia! Vou trazê-lo agora!" disse o jovem malicioso, apressado.

"Zhao Manzi, segure firme enquanto isso! Aguenta?"

Zhao Manzi assentiu e soltou um rugido ensurdecedor.

Em um piscar de olhos, seu corpo aumentou de tamanho; os músculos se expandiram, e a pele ficou vermelha como fogo, coberta por veios negros pulsantes.

Vendo isso, o jovem correu para fora, pegou o bebê e o colocou diante da estátua de Buda.

Imediatamente, parte da energia se desviou, fluindo direto para o corpo da criança.

O peso sobre os cinco diminuiu de repente, e eles respiraram aliviados.

"Rápido! Agora! Suprimam o Coração Demoníaco!" gritou o velho monge.

Mas, para surpresa de todos, o coração maligno — que antes rugia com fúria — silenciou de repente.

Tudo se acalmou.

Nada parecia ter acontecido.

Nem um traço da energia maligna restava no ar.

Silêncio.

Um silêncio mortal.

Então, dentro desse silêncio, um som surgiu.

Tum… tum… tum-tum-tum-tum!

Um som de batidas — um coração batendo, de fraco a forte, ecoando por todo o salão.

"Não!" exclamou o velho monge, correndo até o altar e pegando o bebê nos braços.

"O Coração Demoníaco… ele se transferiu para dentro da criança!"

"As artérias se conectaram… tornaram-se um só!"

Os outros ficaram atônitos — ninguém esperava um resultado como aquele.