Charlotte Pudding (14 anos):
"Eh? Eu? Casar? Não é cedo demais pra isso?"
Seu rosto ficou corado, diferente de seu jeito habitual.
Jamais imaginaria que haveria alguém no mar que gostasse dela… e que até quisesse se casar.
Pudding nunca tinha pensado nisso.
Desde pequena era chamada de "monstro" na família Charlotte, por causa de seu terceiro olho.
Todos a olhavam com desprezo e malícia.
Até mesmo sua mãe, Big Mom, a obrigava a esconder o olho com a franja.
Do início ao fim da infância, só conheceu zombaria.
Poucos a tratavam como parte da família de verdade.
No fundo, era extremamente insegura.
Será que Leon ainda diria querer se casar com ela, se visse seu terceiro olho?
Sentada em sua cama, não sabia o que decidir.
Pudding (pensando):
"Lola…"
Lembrou-se da irmã, sempre bondosa e simples.
Ela dizia que podia escolher com quem casar.
Uma liberdade pela qual Pudding também passou a ansiar.
Pudding (com um sorriso amargo):
"Mas se eu trair minha mãe, não só eu serei morta… Leon também morrerá."
Deitou-se de costas, olhando o céu pela janela.
No fundo, aguardava ansiosa a hora em que sairia a recompensa de Leon.
Assim, poderia ver sua aparência, e sua imaginação teria em que se apegar.
Homies (na Ilha Whole Cake):
"Senhorita Pudding, o que houve?" — perguntou o Jelly Homies.
"Não sei…" — respondeu o Cobertor Homies.
Eles apenas viam a jovem absorta, sozinha, sem entender seu dilema.
Gion (Peach Rabbit, na Marinha):
"Ruivo Shanks!"
Seus olhos liberavam ódio.
Para a Marinha, ele era um perigo.
E Luffy, neto do lendário vice-almirante Garp, tinha o talento herdado da família.
Se fosse para a Marinha, teria todos os recursos do mundo.
Um talento desses deveria ser moldado para o bem.
Mas o ruivo o desviara.
Aos sete anos, já havia semeado nele o sonho de se tornar pirata.
Gion (rosnando):
"Os remanescentes dos Piratas do Roger são imperdoáveis! Precisam ser punidos."
Ela quase se levantou, pronta para caçar o Yonkou no Novo Mundo.
Mas sabia que talvez não fosse páreo.
Gion (invadindo o escritório):
"Tenente-General Garp! Preciso perguntar algo!"
Garp (com um donut na mão):
"Hm? O que foi?"
Gion:
"Ouvi dizer que você tem um neto, não é?"
Garp (coçando a cabeça):
"Tá falando do Ace ou do Luffy?"
O silêncio tomou conta do escritório.
Os olhos de Gion se arregalaram.
Gion (pensando, chocada):
"Ace? O mesmo Ace dos Piratas do Barba Branca?!"
Ela lembrava: o "Punhos de Fogo" Ace fora sondado pelo Governo Mundial para ser Shichibukai, mas recusara.
Logo depois, uniu-se ao Barba Branca como comandante da 2ª divisão.
Jamais imaginaria que Ace fosse neto de Garp.
Dois netos piratas.
E o filho do Garp, líder do Exército Revolucionário.
Gion (trêmula):
"Então o que ele é? Um herói da Marinha… ou um infiltrado inimigo?"
Garp (coçando a nuca, desconfortável):
"Cof! Não conte isso a ninguém. É segredo."
Gion (suspirando):
"Não se preocupe, não direi. Mas… já tenho minha resposta. Com licença, Tenente-General Garp."
Saiu de cabeça baixa.
Para ela, estava claro: se Ace já era pirata, era natural que Luffy seguisse o mesmo caminho.
E Garp, no fundo, nunca impediu.
Garp voltou a seu donut, como se nada tivesse acontecido.
Seu maior objetivo era simples: bater seu próprio recorde de donuts.
O Diário de Leon
[ Primeira recompensa do diário: 4.000 pontos de poder e uma das técnicas do Rokushiki — o "Soru" (nível avançado). ]
Leon despertou ao ouvir a voz do sistema.
De repente, todo seu corpo se energizou, a força aumentando ainda mais.
Era um bom prêmio, mas, comparado à Fruta do Trovão, parecia redundante.
Sua velocidade já superava qualquer "Soru" bem treinado.
Ainda assim, guardaria como bônus.
[ Fiquei mais forte outra vez. Só adicionei a força de um Lucci — quatro mil pontos de poder — e ganhei o "Soru" da Marinha. Mas nada disso acompanha minha velocidade elétrica. É só lucro extra. ]
[ Quando cheguei aqui, usar o poder da fruta drenava minha energia. Agora, depois de dois upgrades, posso usá-la à vontade sem enfraquecer. ]
[ Mesmo se fossem nove noites com as Filhas de Kuja, ainda seria tranquilo para mim! ]
As mulheres que liam o diário quase caíram de costas.
Esse sujeito só falava besteira, pensando em viver cercado de esposas e concubinas.
Mas, ao mesmo tempo, não podiam negar:
O diário realmente o tornava mais forte.
De um homem comum, agora já alcançava o nível de um oficial de alta patente da Marinha.
Quatro mil pontos de poder eram equivalentes a um contra-almirante.
E ainda havia a técnica avançada do Rokushiki.
Pouco a pouco, viam Leon crescer diante de seus olhos.