Sistema, posso dar a Carina o modelo da Yae Miko?
[Aviso: o modelo não pode ser dado a Carina neste momento.]
Então isso significa que Carina não está realmente disposta a ser minha parceira.
Enquanto refletia, Victor balançou a cabeça e disse:
— Obrigado pela sua "sinceridade", Carina.
— Aliás, você sabe navegar?
Carina assentiu com confiança:
— Para ser honesta, Capitão Victor, tenho bastante habilidade em navegação.
— Já que não me quer como cantora do seu bando… posso ser a navegadora. — disse, abrindo um sorriso.
— Uma navegadora… infelizmente, já tenho uma candidata excelente para esse posto.
— Já tem uma candidata? — Carina arqueou as sobrancelhas.
— Isso mesmo. Talvez você até a conheça.
— Impossível, não pode ser tanta coincidência assim… — Carina forçou um riso tímido.
Mas, pensando no fato de que Victor conhecia o futuro, concluiu que não era absurdo.
Se ele busca a melhor cantora, também escolheria a melhor navegadora que existe…
Uma navegadora excelente… só pode estar falando da Nami, certo?
Se ele me conhece, também deve conhecer a Nami.
Mas… as habilidades dela não são melhores que as minhas!
— Então, Capitão Victor — disse Carina, com expressão abatida —, se não quer que eu seja cantora, nem navegadora… que função me daria no seu bando?
— Por que não ser minha criada, Carina? Afinal, parece que você leva jeito para cuidar das pessoas. — Victor sorriu, apontando para a bandeja de frutas.
— Criada, Capitão Victor… você realmente gosta de ser servido, hein? — Carina mordeu o lábio.
Ao ouvir a palavra "criada", não pôde evitar lembrar-se do caderno que Victor havia desenhado… nela, usando um uniforme de maid, ajoelhada diante dele.
Seu rosto ficou ruborizado.
Hmph… você teve a ousadia de me desenhar assim.
Então não me culpe quando eu fugir com o seu tesouro.
Mas no rosto, manteve um ar recatado:
— Já que sou sua criada, Capitão Victor… então deixe-me agir como tal.
— Que tal deitar no meu colo?
Pôs a bandeja de lado, ajoelhou-se diante dele e deu leves palmadinhas em suas coxas macias sob a saia curta.
— Nesse caso, não vou recusar. — Victor riu e deitou-se, encostando o rosto nas pernas dela.
— Uhm! Capitão, acho que você se enganou… o travesseiro de colo costuma ser com a parte de trás da cabeça, não com o rosto… — disse Carina, sentindo a respiração quente dele contra sua pele.
A cena era exatamente como no livro que ela vira.
E, na continuação daquela trama, era nesse momento que ficava envergonhada e acabava se entregando a Victor.
Seu rosto corou ainda mais, e uma pontada de medo surgiu.
E se ele continuar a seguir o "roteiro" do livro?
Será que vou conseguir resistir…?
— Na minha terra natal, travesseiro de colo é assim. — disse Victor, a voz abafada contra sua pele.
— E-eu entendo… — Carina tentou mudar de assunto às pressas:
— Capitão, já que perguntou sobre navegação, está pensando em ir a algum lugar?
— Isso mesmo. Antes de seguir meu verdadeiro destino, quero passar numa cidade próxima.
— Cidade próxima?
— Não conheço bem os mapas nem as rotas daqui. Vou deixar isso nas suas mãos, Carina.
— Entendido. Vou levá-lo até a cidade mais próxima. — respondeu, com um brilho nos olhos.
Já tramava como se livrar dele assim que chegassem.
Enquanto pensava, recebeu uma notificação em sua cópia do diário.
Esse cara… o que está registrando agora?
Espere… ele subiu uma foto minha?!
Olhou para Victor, ainda deitado em seu colo, e abriu às pressas o diário.
Droga, está mesmo lá!
Era uma foto dela sorrindo, servindo de travesseiro para Victor.
Carina quase não conseguiu conter o impulso de empurrá-lo para longe.
[Foto: Carina dando colo!]
[Inesperado… a cena que vi no caderno dela agora aconteceu na vida real.]
[O travesseiro de colo de Carina é ótimo.]
[Sua pele clara reflete até a luz do sol.]
[A sensação da carne macia cedendo sob o peso da minha cabeça… é puro prazer.]
[Isso me faz esperar pelas próximas cenas do livro…]
Ao ler, o corpo de Carina estremeceu violentamente.