Ficool

Chapter 15 - - Revista

Cena abaixo de NSFW

Bryan, desconfiado da invasora misteriosa, decide revistar Hanna... mas o toque entre eles rapidamente se transforma em algo mais que mera precaução.

A parede estava fria atrás de Hanna. Mais fria que a mão de Bryan, que agora apertava seus pulsos com firmeza impassível.

Seu corpo ainda exala calor do banho, a pele úmida, o cheiro de sabão e mana residual colado aos músculos tensos. Ele a encarava como se ela fosse uma ameaça — ou pior, uma incógnita — e isso a fazia se encolher por dentro… e se arrepiar por fora.

— Vou te revistar. — disse ele, com aquela voz cortante, sem um traço de dúvida ou hesitação.

Hanna piscou, chocada. — O quê? — murmurou, o tom mais agudo do que gostaria. — Bryan… eu não estou armado. Sou uma conjuradora. Você pode ver isso, não...?

Mas ele já havia se distanciado meio passo e, em um gesto rápido, prolonga a barra do uniforme dela. Sem pedir permissão. Sem hesitar.

— Magos também escondem coisas. Amuletos. Sinais. Feitiços de sangue. — Sua voz era baixa, dura. — E você invadiu meu quarto. Isso me dá motivos de sobra.

Hanna tentou protestar, mas a voz falhou quando o casaco caiu no chão. Depois uma blusa. Depois do reforço.

Ou entre eles mudaram.

Não foi só o frio que se manteve por sua pele exposta — era algo mais profundo, uma tensão crua, densa, pulsando com o ritmo do sangue. Bryan observou como se cada centímetro dela fosse uma pista, ou uma armadilha.

Ela estava rubra até a raiz do cabelo, mas seus olhos ainda ardiam com orgulho.

— Bryan... isso é ridículo. Eu não trouxe meu cetro, você sabe disso.

— Sei que está escondendo algo. — disse ele. — E eu odeio surpresas.

Ele virou com um movimento sutil, empurrando-a até a beira da cama, sentando-a em seu colo com um controle absoluto. Ela arfou quando sentiu o contato direto com o corpo quente e forte dele.

Suas mãos começaram a explorar — não com carinho, mas com resultados. Subiram pelas laterais dela, passaram pelas costas nuas, depois pelo ventre e... ali.

Ela estremeceu.

— O que… você está fazendo? — sussurrou, com a voz trêmula, os dedos apertando os lençóis.

– Checando. — ele respondeu, frio. — Você ainda pode estar escondendo alguma coisa.

Hanna mordeu os lábios. Seus seios estavam pressionados contra o peito de Bryan. Cada toque dele enviava ondas quentes para lugares perigosos. O pior? Ele parecia absolutamente alheio a isso. Ou fingia ser.

Quando ele passou as mãos por baixo dela, vasculhando sua cintura, coxas e... mais abaixo, ela engasgou no próprio ar.

— B-Bryan… espera. Isso... não é necessário…

Mas ele não respondeu imediatamente.

Apenas inclinou o rosto próximo ao dela, olhos âmbar semicerrados, como se analisasse uma anomalia.

— Isso aqui... — murmurou, com os dedos quase tocando a barra da calcinha dela — ...está quente. Umido. Quase... vibrando.

Hanna se contorceu no colo dele, vermelha, sem saber se empurrava ou puxava.

— Isso... não é uma arma, seu idiota!

Bryan não revelou. Nem pisco. Mas sua mão deslizou levemente. Apenas o suficiente para provocá-la. E ela gemeu. Curto. Contido. Mas real.

— Hum. Interessante. — disse ele, como quem observa uma ocorrência química.

O silêncio que o silêncio foi mortal.

O corpo de Hanna tremia sobre o dele. Ela não entendeu por que não o afastou. Ou talvez você saiba.

— Bryan... — sussurrou, mais rouca. — Se você continuar, vai ter que lidar com as consequências.

Ele a encarou. A poucos centímetros de distância.

— Então me mostre quais são.

Hanna nem percebeu quando seus joelhos se flexionaram.O corpo dela se moldava sobre o de Bryan como se tivesse sido feito para aquilo — para encaixar, para tremer sob o toque dele, para se render sem admitir.

A mão de Bryan, fria no início, agora queimava.

Ela sentia os dedos dele subirem lentamente por sua coluna, depois descerem pela curva da cintura até a coxa, e de volta. Sem pressa. Sem pudor. Apenas controle absoluto.

O ar entre eles se partiu como vidro sob tensão.

— Bryan... — sussurrou, arfando — … você vai parar?

Ele a observava como uma fera que tenta entender a função de um brinquedo novo.— Você parece armada com algo mais perigoso do que lâminas. — murmurou ele, rente à sua pele.

Ela não respondeu. Porque não podia.As palavras morreram na garganta quando ele a deitou na cama e passou sobre ela, pressionando-a contra os lençóis com o próprio peso.

A pele de Bryan era quente, firme, viva como brasas contidas.

Os olhos âmbar dele ardiam, como se por trás daquele controle existisse um vulcão. Algo que nunca havia sido liberado. Algo perigoso demais para o mundo.

Ele tocou o rosto dela, depois o pescoço, depois desceu…Mas não de forma indecente — de forma precisa. Como se mapeasse território. Como se quisesse entender o que aquilo significava.

— Você… é estranha. — disse ele.

— Você… é virgem. — devolveu Hanna, entre uma risada fraca e um gemido contido.

— E ainda assim… — ele sussurrou, — ...parece que seu corpo está implorando mais do que o meu.

Hanna arqueou o quadril involuntariamente. As mãos subiram até o peito de Bryan, apertando os músculos como se tentasse se agarrar à razão. Não adiantou.

Os dois sabiam que a razão havia saído pela porta.

Bryan a beijou — não com paixão, mas com fome.Como se a boca dela guardasse uma resposta.

Foi rude, sem delicadeza, mas não sem precisão.E Hanna, para seu próprio desespero, se abriu.

As pernas se entrelaçaram. Os corpos se atritaram. Os gemidos se tornaram sussurros entrecortados de nomes, insultos, ordens e súplicas. O mundo de Bryan, por um instante, se resumia ao som da respiração de Hanna, ao calor sob seus dedos, ao ritmo alucinado de um desejo que ele mal compreendia.

Seu instinto primitivo — aquele que Aldritch havia acendido — queimava por dentro como uma lâmina rubra.

[ALERTA: Excitação crítica detectada. Estabilidade emocional comprometida.]

O sistema emitiu um aviso mental, mas ele o ignorou.Talvez porque, pela primeira vez, ele não queria controlar nada.

E então, em algum ponto entre o rosnar contido de Bryan e os gemidos arrastados de Hanna, a linha foi cruzada.

As roupas desapareceram.Os corpos colidiram.

Não foi amor.Foi combate.

Não foi entrega.Foi posse mútua.

Hanna cavalgava como se exigisse respeito.Bryan revidava como se estivesse lutando por domínio.

O som era de pele contra pele. O cheiro era de suor e mana.E o gosto era de poder.

Quando o ápice veio — brutal, quente, inevitável — foi como o fim de uma batalha vencida com o corpo. Ambos arfavam. Ambos tremiam. Ambos sabiam que algo havia mudado.

Hanna, ainda nua, se deitou sobre o peito dele, ofegando.

Bryan olhava para o teto, os olhos vermelhos, como se lutasse para conter algo mais profundo que o prazer.

Bryan continuou imóvel por alguns segundos, ainda sentindo o calor do corpo dela sobre o seu. Os olhos âmbar dele ainda ardiam, mas estavam pesados — e não apenas por exaustão.Ele olhou o teto, sem dizer nada.

Respirava devagar.Aos poucos, o calor que habitava seu peito foi sendo substituído por algo estranho. Silêncio. Quietude.Paz?

"Que sensação absurda...", pensou.Ele não queria pensar.E, pela primeira vez desde que renasceu, ele não precisava.

Seu braço deslizou, envolvendo Hanna com um gesto mecânico, protetor, instintivo. O corpo dela já dormia profundamente, com a respiração leve e ritmada.

Minutos depois, Bryan também fechou os olhos.

O quarto ainda estava mergulhado em penumbra quando Bryan abriu os olhos.

O teto o encarava de volta, imóvel. Silencioso.Hanna dormia sobre o lado esquerdo da cama, o corpo parcialmente coberto pelo lençol amarrotado, o rosto sereno de quem havia sido consumido por algo mais intenso que o sono.

Bryan se ergueu devagar, em silêncio. Seus músculos ainda estavam tensos, mas não de dor — e sim de lembrança.Lembrança recente. Quente. Carnal.

Ele foi verificar quantas horas tinham se passado.A interface brilhou em um azul suave:

[Hora atual: 17h42 da tarde]

— Tsc. — resmungou, fechando a interface.

Foi direto ao banheiro.A água fria caiu sobre seus ombros largos como uma lâmina líquida, varrendo os restos da noite anterior — o suor, os toques, o cheiro de magia misturado ao desejo.

Era estranho.Por fora, tudo parecia igual.Por dentro, algo sutil se reorganizava em silêncio.

Bryan saiu do banho, secou-se e vestiu o uniforme básico da academia, ajustando a gola com precisão. Quando voltou ao quarto, Hanna ainda dormia, enrolada no lençol como uma gata exausta.

Mas ela começou a se mexer ao ouvir seus passos.

— Hm...? — murmurou, erguendo-se com lentidão. Os cabelos dourados caíam em ondas desalinhadas pelos ombros nus.— Bryan...?

Ele cruzou os braços.

— Pode usar o banheiro. Vai tomar um banho. Depois conversamos.

Ela assentiu, sem discutir.Seu corpo nu deslizou para fora da cama com um rubor quase imperceptível no rosto.Pegou a toalha, e sumiu atrás da porta do banheiro.

Bryan permaneceu em pé, imóvel, como uma estátua. Olhava para a parede… mas seus olhos pareciam longe dali.

Minutos depois, a porta do banheiro se abriu.

Hanna surgiu envolta apenas na toalha.Cabelos pingando. Bochechas coradas. A pele úmida e brilhando à luz suave do quarto.

— Você ainda vai ficar me olhando nua? — disse ela, arqueando uma sobrancelha, tentando parecer firme — sem muito sucesso.

Bryan apenas respondeu:

— Vista-se. Eu já vi seu corpo. Você viu o meu. Não me importo de ver de novo.E aliás… — seu olhar ficou mais afiado. — Foi você quem invadiu o meu quarto.

O rubor nas bochechas de Hanna subiu como fogo.

— T-Tá, Bryan…

Ela virou de costas e começou a vestir a roupa, ainda sentindo os olhos dele queimando em sua nuca.Cada peça colocada era uma batalha contra a própria memória.

Quando terminou, sentou-se na beirada da cama, arrumando as mechas úmidas de cabelo.

— Sobre... ontem — começou, evitando os olhos dele — na verdade, eu vim aqui com outro propósito. Um mais oficial.

Bryan não se moveu.

— Fale.

— Vim te recrutar. Para a Alvorada Arcana. — disse, com a voz voltando ao tom autoritário. — Meu nome, como você já sabe, carrega peso. E sei que você chamou atenção de todas as facções com aquela luta. Mas a Alvorada oferece algo que nenhuma outra pode.

Ele não respondeu.Ela continuou:

— Você teria salário mensal em pontos, descontos em lojas de armas e encantamentos, acesso a grimórios táticos, a arena de treino privada da nossa facção… e, claro, missões especiais e grupos exclusivos para raids.

— Não. — disse Bryan, seco.

Hanna arregalou os olhos.

— Você nem ouviu tudo!

— Eu ouvi. E a resposta é não.

Ele se aproximou um passo.— Tenho inimizade com os seus colegas. E não tenho interesse em me unir a um bando de nobres mimados que torciam pra eu morrer naquele duelo.

Ela cerrou os punhos.— Mas nem todos somos assim! Eu—!

— Não sou mago. — interrompeu.— Eu até consigo imbuir mana, usar feitiços básicos… mas minha essência é outra. Não quero ser moldado por um grupo que só respeita quem lança luzes coloridas.

Ela mordeu o lábio, frustrada.Fez um beicinho involuntário.

Bryan suspirou.

— Ufff…Não é nada pessoal contra você. Mas não vou entrar na Alvorada.Ainda assim, isso não significa que temos que cortar contato.

Ela o olhou confusa.

Ele se aproximou devagar.Puxou uma mecha do cabelo dela, enrolando-a entre os dedos, e inclinou-se até os olhos estarem a poucos centímetros dos dela.

— Entendeu?

Os olhos dela arregalaram levemente. As bochechas explodiram em rubor.

— S-sim, Bryan… — gaguejou, a voz quase um sussurro.Um turbilhão de pensamentos duelava em sua mente.

Uma parte dela queria xingá-lo. Queria explodir.Mas a outra…

A outra queria ser puxada de novo.

Ela se levantou com a postura rígida de uma dama nobre.Virou-se para a porta.

— Posso… posso me retirar agora?

Bryan não respondeu.Apenas surgiu atrás dela em um piscar de olhos.

SLAP.

O tapa em sua bunda ecoou pelo quarto, seguido por um leve gemido involuntário.

Antes que pudesse reagir, sentiu os dentes dele pressionarem seu pescoço. Uma mordida seca, marcada. E então, o sussurro:

— Claro.E outra coisa… adorei nossa luta.

Hanna virou o rosto com o rubor mais intenso que já tivera.

Mordeu os próprios lábios, girou a maçaneta, e saiu — sem dizer mais nada.

A porta se fechou atrás dela.

Bryan, ainda parado, girou os ombros lentamente.Seu olhar se desviou para o teto.

O som suave do painel mágico preencheu o quarto, rompendo o silêncio que restava após a partida de Hanna.

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