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Chapter 19 - Saturação e Intimidade

A sensação do entorpecimento e do prazer sutil causado pela saliva de Lin er era uma distração eficaz. Fang Yan, mesmo perdendo sangue, estava mais interessado na engenhosidade do Espírito.

"Você é bem perigosa, Lin er,"

ele disse, em voz baixa, sua voz normal agora, pois não havia ninguém por perto.

Havia uma leve admiração em seu tom pela descoberta de como ela administrava suas vítimas.

Lin er não respondeu verbalmente, concentrada na sucção. Sua forma ligeiramente cintilante sobre o ombro dele confirmava o influxo de energia.

Depois de um tempo, Fang Yan sentiu que era o suficiente. Ele se sentou no chão de pedra do nicho, e Lin er, que estava flutuando sobre ele, rapidamente o acompanhou.

Então, em um movimento surpreendente de intimidade, ela se sentou diretamente no colo dele.

Fang Yan não a interrompeu. A perda de sangue o deixava um pouco tonto, mas o prazer sutil da saliva ainda persistia. Ele a segurou pela cintura, mantendo-a firme, permitindo que ela continuasse a se alimentar por mais alguns minutos. Ele fechou os olhos, entregando-se ao momento e à recuperação dela.

Lin er cruzou as pernas ao redor dele na cintura, firmando-se. Quando Fang Yan abriu os olhos e sentiu a pressão íntima dela, ele sorriu.

Ousada. Diria muita ousada mesmo.

Finalmente, Lin er se afastou. Seus olhos vermelhos estavam agora semicerrados, com uma expressão de êxtase profundo.

Havia anos, cinquenta anos, que seu corpo espiritual não recebia o sustento vital do sangue, e a satisfação era palpável.

Ela se apoiou no ombro dele, a cabeça descansando levemente em seu pescoço, que agora estava apenas com uma pequena marca avermelhada. Fang Yan não a repeliu.

Ele não se levantou, nem a expulsou. Ele a deixou lá, entendendo o impacto da perda de cinquenta anos.

Cinquenta anos sem beber sangue. Deve ter sido bom e prazeroso para o corpo dela.

Ele desceu as mãos. Uma mão tocou diretamente a coxa dela, onde o tecido do vestido vermelho se abria lateralmente. A outra mão repousava sobre o vestido.

Ele ficou ali, olhos fechados, concentrado em sua própria recuperação, permitindo que a exaustão da perda de sangue passasse. O silêncio deles era a nova forma de comunicação, uma aceitação mútua da simbiose perigosa que haviam criado.

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