Olhando a vastidão do universo, vejo-me pensando na minha vida. Fui criado para ser um ser perfeito, mas agora só sinto tristeza e arrependimento. Meu planeta natal se foi junto com minha raça — bilhões de kryptonianos mortos pela negligência de pessoas gananciosas.
Fui concebido para ser o futuro de Krypton, a nova evolução do meu povo, e ainda assim falhei em impedir a destruição da minha casa. Agora vagueio pelo espaço infinito em uma nave moribunda, lamentando o que poderia ter feito e não fiz.
"Não é hora de entrar em depressão, mas de pensar no futuro. Sou o último da minha raça; a nave não vai aguentar por muito tempo."
Saio do compartimento onde estava e vou até a câmara de criogenização. Congelar-se é a melhor opção que tenho agora. Aproximo-me do painel de controle, reprogramo a nave para me acordar quando encontrar um planeta habitável e sincronizo a câmara com os sistemas da nave. Tirando o traje de batalha, entro na câmara; o gelo começa a envolver-me. Com os últimos resquícios da minha consciência, abandono-me ao sono criogênico.
Em algum lugar perto do sistema solar, uma outra nave passa em velocidades muito altas. No interior futurista, a embarcação está em silêncio. Em uma câmara, envolto por uma substância estranha, jazia um garoto em sono profundo. Aos poucos o líquido ao redor do corpo do garoto começou a se desfazer.
Seus olhos se abriram; uma respiração profunda foi seguida por um ataque de tosse. Alguns minutos depois, o garoto acalmou-se, levantou-se da câmara e pôs os pés no chão frio e metálico. Olhou ao redor, identificou a nave e pousou o olhar sobre o seu traje. Saiu da câmara e dirigiu-se ao painel de controle.olhando me dirijo a computador