O sol nasceu tímido na linha do Reino dos Doze Céus, pintando as nuvens com rubros e dourados, enquanto os primeiros raios assinalavam as torres cristalinas flutuando como ilhas ao céu. As bestas voadoras despertavam, cortando os céus com asas largas, traçando sombras graciosas dançando entre as nuvens. O reino começava o dia cheio de esperança, cego para a tormenta nascente nas profundezas além do olhar.
Nas sombras eternas do Abismo Sem-Fim, onde nenhuma luz jamais ousou chegar, algo ancestral se agitava. As Sombras do Caos, criaturas feitas de pura escuridão e rancor, despertavam após séculos adormecidas. Seus tentáculos negros, como rios de tinta viva, serpenteavam pelo céu, lambendo as bordas do firmamento e espalhando um frio que congelava até a alma. A noite eterna se aproximava, e com ela, o risco de uma destruição sem precedentes.
À conspurcação da Torre do Fogo tão intensa, Arion, o guerreiro de Áries, encontraria determinação e ira ao treinar. Cada gesto seu brilhava fogo, as chamas ardentemente dançavam entre suas mãos, simbolizando sua lâmpada acendida em brasas. Mas por trás daquela luz radiante, seus olhos denotavam inquietação — uma sensação intensa de que a paz alcançada estava para ruir.
Selene, a taurina sólida e calma, surgira em silêncio ao seu lado, sua presença tão impenetrável quanto o chão que ela amava.
"Você sente isso, não é?" Sua voz era baixa, quase um suspiro, mas cheia de inquietude. "Há algo errado no ar. Algo que ameaça tudo o que construímos."
Antes que Arion pudesse responder, o céu estremeceu com um rugido ensurdecedor. Bestas voadoras fugiram em desespero, suas sombras fugazes cortando o ar. De entre as nuvens espessas, uma silhueta colossal se destacou: asas negras que eclipsaram o sol, lançando a torre numa escuridão súbita e inquietante. O vento trouxe consigo o cheiro de ferrugem e cinzas, prenúncio do caos que se avizinhava.
Arion fechou os punhos, suas flamas estourando em potência. "É o início," sussurrou em voz robusta, quase um voto. "A Aliança dos Doze Céus deve ser convocada."
Enquanto aquela sombra avançava implacável, longe dali, em cantos diversos do reino, os doze guerreiros nascidos sob os signos do zodíaco sentiram o chamado que reverberava em seus corações. Cada um deles sabia que o destino não era apenas uma escolha, mas uma obrigação. Mas antes de enfrentarem as trevas que ameaçavam o mundo, teriam que confrontar suas próprias sombras interiores.
O Reino dos Doze Céus jamais seria o mesmo.