Enquanto Loki mantinha sua vigilância astuta sobre Ash e Naruto, com sua mente calculista já formulando teorias sobre suas origens, outros Lanternas Primais continuavam a influenciar os eventos em Valhalla de maneiras sutis, algumas vezes inadvertidamente chamando a atenção para si, como cores vibrantes em uma tela escura.
Ponto de Vista de Akuma No Kenji (Lanterna da Raiva): O Fogo Oculto
A fúria de Raven, o Deus da Ira, ecoava profundamente no coração de Kenji enquanto ele observava os deuses com um desdém crescente. A arrogância e a frieza com que eles debatiam o destino da humanidade, tratando-os como meras formigas, alimentavam sua própria raiva, fazendo seu sangue ferver. Em momentos de maior tensão durante os intervalos entre as rodadas, Kenji sentia seu Anel Vermelho pulsar intensamente, e uma aura vermelha tênue, quase imperceptível, o envolvia. Essa aura, embora breve, não passava despercebida por alguns deuses mais sensíveis à energia emocional. Ares, o deus grego da guerra, por exemplo, sentia uma ressonância familiar naquela energia vermelha, como se sentisse um aliado, embora não conseguisse identificar sua origem exata ou o indivíduo que a emanava.
Ponto de Vista de Aoi Hikari no Sōsha (Lanterna da Esperança): O Farol Silencioso
Em meio ao desânimo que ocasionalmente tomava conta dos espectadores humanos, especialmente após derrotas ou momentos de tensão, o Lanterna da Esperança irradiava ondas de otimismo e fé. Não era uma luz óbvia, mas uma sensação de calor interno que se espalhava. Pequenos atos de gentileza, palavras de encorajamento e um senso renovado de propósito surgiam espontaneamente entre os humanos, alimentados pela aura azul suave que sutilmente os envolvia. Adara, a Deusa da Esperança, sorria em aprovação de Animus Aetherium, sentindo a luz de seu Lanterna brilhar intensamente em Valhalla, reanimando corações. Alguns deuses benevolentes, como Héstia, a deusa do lar e da família, notavam um aumento inexplicável na resiliência emocional dos humanos, atribuindo-o, com certa admiração, à sua própria força interior, sem perceber a fonte externa.
Ponto de Vista de Konjiki no Kaihōsha (Lanterna da Compaixão): O Abraço Invisível
O Lanterna da Compaixão sentia a dor excruciante dos humanos derrotados, a angústia das Valquírias que perdiam seus entes queridos em batalha e o peso do luto que pairava sobre a arena. Em momentos de luto profundo e desespero, uma suave aura índigo emanava dele, oferecendo um conforto silencioso, quase etéreo, àqueles que sofriam. Prosélito, o Deus da Compaixão, sentia a empatia de seu Lanterna ecoar pelo universo, um bálsamo para as almas. Algumas Valquírias, como Randgriz, que havia acabado de testemunhar o sofrimento de Buda e Qin Shi Huang, sentiam uma inexplicável sensação de consolo em meio à sua tristeza avassaladora, como se uma presença gentil e compreensiva as envolvesse, um alívio momentâneo para a dor.
Loki Amplia sua Espionagem: A Teia se Expande
Loki, com sua inteligência perspicaz, percebeu rapidamente que Ash e Naruto não eram os únicos "viajantes" com auras incomuns. Havia mais anomalias. Ele expandiu sua espionagem para incluir outros indivíduos que pareciam deslocados na multidão ou que emanavam energias sutis, mas distintas. Ele usava seus disfarces perfeitos e sua capacidade inata de se misturar à multidão, tornando-se invisível em plaino a vista, para observar de perto esses indivíduos, tentando encontrar um padrão ou uma conexão entre eles. Sua mente astuta formulava diversas teorias, desde uma seita humana desconhecida com poderes ocultos até a interferência de outro panteão divino mais poderoso, ou até mesmo algo além de sua compreensão atual. A cada nova observação, o mistério se aprofundava.
Odin Observa nas Sombras: O Quebra-Cabeça Cósmico
Odin, por sua vez, preferia uma abordagem mais indireta, mas igualmente eficaz. Seus corvos, Hugin e Munin, voavam por toda Valhalla, observando não apenas os humanos e os "viajantes" suspeitos, mas também as reações dos outros deuses, buscando qualquer pista. Ele notava os olhares curiosos de Ares, a percepção da energia de Héstia e o leve estremecimento de Randgriz em momentos específicos de consolo. O Pai dos Deuses, com sua mente analítica e sua busca incessante por conhecimento, começava a montar um quebra-cabeça complexo e perigoso, onde cada observação era uma peça importante para desvendar a verdade por trás daquelas "sombras coloridas".
Um Quase Confronto: O Relâmpago da Ira
Em um determinado momento de alta tensão, Akuma No Kenji, consumido por sua raiva ao presenciar a arrogância de alguns deuses zombando abertamente da derrota e do sofrimento da humanidade, deixou sua aura vermelha se manifestar de forma mais intensa por um breve, mas perceptível instante. Era um lampejo de pura fúria. Ares, o deus da guerra, que estava por perto, sentiu a onda de energia vermelha com clareza visceral e virou-se bruscamente, seus olhos procurando a fonte. Seus olhos se encontraram com os de Kenji por uma fração de segundo, que rapidamente dissipou sua aura, tentando se misturar à multidão em um piscar de olhos. Ares franziu a testa, sentindo uma familiaridade perturbadora, como se tivesse vislumbrado um colega guerreiro, mas não conseguiu identificar o indivíduo em meio aos espectadores. O incidente, no entanto, adicionou mais uma peça ao quebra-cabeça de Odin e aumentou as suspeitas de Loki, que observava de longe com um sorriso de escárnio.
Zestial e o Panteão Cósmico: A Necessidade da Cautela
Em Animus Aetherium, Zestial e seu Panteão Cósmico monitoravam a situação em Valhalla com uma atenção crescente. Eles percebiam a crescente curiosidade e desconfiança dos deuses de Valhalla, e a urgência de seus Lanternas em agir.
"Meus Lanternas precisam ser ainda mais cautelosos," Zestial alertou mentalmente, sua voz ressoando nas mentes de cada Lanterna Primal. "Sua influência deve ser como uma brisa suave que guia o vento, não como uma tempestade que anuncia sua chegada. A discrição é crucial para o sucesso de nossa missão. Não podemos provocar um confronto direto com este Panteão ainda."
Raven resmungou, impaciente para confrontar os deuses de Valhalla diretamente, ansiando por uma batalha, mas Zestial o conteve, lembrando-o do plano maior de influenciar sutilmente o resultado do Ragnarok, e não de precipitar uma guerra interdimensional. A linha entre a ajuda e a intervenção direta estava cada vez mais tênue.