As consequências da vitória inesperada de Qin Shi Huang sobre Hades reverberavam como um trovão pelo reino dos deuses. A derrota do Rei do Submundo havia abalado a confiança divina, rompendo a ilusão de invencibilidade e, inversamente, reacendido uma esperança flamejante na humanidade. No entanto, em meio à discussão acalorada e à crescente apreensão, a sutil percepção de energias incomuns persistia entre alguns deuses, crescendo de sussurros para uma desconfiança latente.
Odin e Loki Intensificam a Investigação: A Busca por Anomalias
A derrota de Hades serviu como um catalisador para as suspeitas.
Odin: Sua desconfiança, já latente, havia se intensificado drasticamente após sentir a breve, mas inegável, interferência de energia esverdeada durante a luta de Qin Shi Huang. O Pai de Todos, com sua mente tática e precognitiva, não conseguia ignorar o que seus sentidos divinos detectavam. Ele imediatamente ordenou a seus corvos oniscientes, Hugin e Munin, que observassem atentamente não apenas os humanos, mas qualquer fenômeno incomum em Valhalla, qualquer flutuação energética que parecesse alheia ao Ragnarok. Sua mente tática analisava cada detalhe, buscando uma explicação lógica ou mística para as energias que ele não conseguia identificar.
Loki: O deus das travessuras estava ainda mais intrigado, um sorriso malicioso brincando em seus lábios. Ele havia testemunhado o breve brilho esverdeado e, mais importante, o enigmático encontro de Ash com Goll. Convencido de que havia algo muito mais profundo e complexo acontecendo nos bastidores do Ragnarok, Loki começou a usar suas ilusões sutis e sua extensa rede de contatos e sussurros para espionar os humanos, as Valquírias e até mesmo outros deuses. Seu objetivo era desvendar o mistério por trás dessas "anomalias coloridas", imaginando o caos que poderia semear com tal conhecimento.
Reações Divinas: Ondas de Incerteza
A corte divina reagia de formas variadas à crescente tensão.
Alguns deuses, como Zeus, estavam mais preocupados em planejar a próxima rodada, em reafirmar a superioridade divina e em recuperar a moral após a inesperada vitória humana. Eles ignoravam, ou eram incapazes de perceber, os sussurros de energias estranhas, focados apenas na batalha iminente.
Outros, mais sensíveis às energias místicas, como alguns dos deuses nórdicos menores e até mesmo certas deusas gregas ligadas à profecia ou à natureza, sentiam uma presença sutil e diferente em Valhalla. Era como um cheiro novo no ar, uma vibração incomum, mas não conseguiam identificar sua origem ou intenção, o que gerava uma inquietação difusa.
A Influência Sutil dos Lanternas Continua: Tecendo a Esperança
Os Lanternas Primais permaneciam discretos, pairando nas sombras do coliseu, mas sua influência continuava a se manifestar de maneiras sutis e cruciais para a humanidade:
• A esperança de Adara, canalizada por Aoi Hikari no Sōsha, fortalecia a determinação de Brunhilde e das outras Valquírias em sua luta pela humanidade, infundindo-lhes coragem para persistir.
• A energia vital de Ash, conectada a Lifery, curava discretamente ferimentos menores de humanos e Valquírias nos bastidores, acelerando sua recuperação e permitindo-lhes manterem-se de pé.
• A força de vontade de Naruto, amplificada por Íon, inspirava uma resiliência extra nos representantes humanos, mesmo aqueles que não estavam na arena, preparando-os mentalmente para os desafios futuros.
• A raiva de Akuma No Kenji ressoava com a frustração divina, aumentando a tensão entre os deuses.
• A cobiça de Gouyoku no Shosha estimulava alguns deuses a desejar a vitória ainda mais intensamente, buscando a glória para si.
Um Encontro Inesperado: Loki e Ash
Enquanto observava os preparativos para a oitava rodada, um momento de quietude antes da próxima tempestade, Ash se viu brevemente sozinho em um corredor pouco movimentado, longe da agitação da multidão. De repente, uma figura esguia surgiu das sombras, materializando-se com um sorriso astuto no rosto: era Loki.
"Ora, ora," Loki sibilou, seus olhos esmeralda fixos em Ash, perfurando-o com um olhar perspicaz. "O que um garoto tão... colorido estaria fazendo por aqui, perambulando pelos corredores divinos? Sinto um cheiro estranho ao seu redor, algo que não é puramente divino, nem puramente humano, mas... familiarmente anômalo."
Ash ficou tenso, seu Anel Branco brilhando levemente sob suas roupas, como se respondesse ao perigo iminente. Ele sabia que precisava ser extremamente cuidadoso com suas palavras; qualquer erro poderia expor não apenas a si mesmo, mas a toda a missão dos Lanternas Primais. Este era o primeiro contato direto e perigoso com um deus de Valhalla, e um dos mais astutos.