Bar a beira de estrada
Os dois jovens entraram no lugar cheio de pessoas querendo curtir a noite e se divertir assistindo as lutas clandestinas comuns nesse tipo de lugar.
João: O quê tem hoje?
O homem que estava entregando uma cerveja para um cliente ouviu e respondeu sem olhar, ele pediu para os dois e ficaram no canto do balcão em um canto discreto.
Enquanto observavam a luta no ringue, ele explicava sobre alguns perigos ao pedir carona e principalmente onde ficar, comida e bebidas, coisas a se evitar de contar para não parecer uma vítima em potencial.
Depois de falar bobeiras com a jovem carente, ele deu uma volta coletando informações e conseguindo negociar uma moto muito velha e cheia de problemas que um cara estava levando para desfazer dela.
Vampira: Já?
João: O cara queria jogar fora e conseguiu uns trocados fácil. Bora?
Vampira: Você não estava perdido!
João: Eu pedi informações, não estamos muito longe.
Eles foram para fora do bar e João tocou na coisa velha consertando tudo, talvez isso nem funcionasse mais.
Ele sentou e pediu a mala dela para colocar no colo, então ela sentou e tomou cuidado para não encostar nele.
João deu partida e ela se agarrou nele no susto, como não aconteceu nada ela pensou que era por causa da roupa, então ficou mais à vontade.
10 minutos depois
Na estrada reta João as vezes falava algo e ela tinha que se aproximar para ouvir, então cada vez que ele virava um pouco o rosto ela tinha um impulso até finalmente beijar ele.
Depois do primeiro beijo rápido ele continuou o caminho com um sorriso e uma jovem se escondendo de vergonha ou confusão.
Continuando nesses pequenos flertes até chegar em uma pequena cidade que está a poucos quilômetros do destino dela.
João estacionando: Vamos tomar café e checar se a rota está segura.
Vampira: Está tudo bem com você?
João confuso: Sim, porquê? Tô fedendo?
Ela ficou com vergonha e contou que era uma mutante, mas olhando para João que ainda estava esperando algo, ela continuou.
Vampira: Sabe, o primeiro garoto que beijei, ele ficou 3 semanas em coma… e parece que ele ainda está em mim…
João: Vou te ajudar com isso.
Ele deu um beijo nela por um tempo depois de separar ela não sentia mais a presença persistente.
Vampira: Isso… como?
João: Sua habilidade é absorver. Essa é uma boa habilidade, mas, seu medo faz você absorver muita coisa inútil.
Vampira chocada: Você sabia?
João: Não, aprendi no beijo! Bom não é?
Vampira notou: Você também é! Por isso posso tocar em você!
João: Se tocar em outro Mutante o resultado ainda é o mesmo, você tem que se acostumar a absorver só o que quer, se não você pode copiar a memória, vontade e personalidade de quem tocar.
Ela parou por um tempo pensando em muita coisa, ficou tanto tempo presa em pensamentos que nem percebeu que agora já estava sentada dentro da lanchonete, quando despertou ela olhou de um lado para o outro antes de correr para o banheiro.
João foi até um telefone público fazer suas coisas de sempre enquanto espera a jovem pensar em suas ações desde o despertar, agora que está sem a influência de outros ela não tem tantos impulsos estranhos mais.
Depois de muito tempo ela voltou e os dois comeram algo antes de continuar a viajem, a tarde eles chegaram na cidade e João foi comprar um equipamento de acampamento enquanto Vampira foi visitar os lugares que queria.
No final da tarde ele estacionou perto de um lago e foi até a jovem desolada, depois que realizou seus últimos projetos, não sabe o que fazer.
João: Pretendo construir um lar, quer me ajudar?
Vampira: Marie D'Acanto. Eu queria vir aqui depois de sair de casa e começar uma vida, mas agora todos me veem como um monstro… O quê eu faço?
João: Marie ~ Você já fez o mais difícil que é ir para onde planejou, quanto as pessoas… O problema não é o que pensam, mas o que você pensa de si mesma! Vamos. ~
A jovem emotiva se agarrou nele e depois de um tempo eles estavam na estrada novamente se afastando um pouco da cidade até chegar em uma região com poucas casas que possivelmente seja apenas para férias, parando perto de uma floresta com uma placa de identificação.
Marie: Onde vamos?
João: Comprei um lugar, mas ainda tem que construir.
Ela não sabe como funciona essas coisas e apenas aceitou, eles chegaram em uma área com material e equipamentos abandonados.
Marie confusa: E essas coisas?
João: Procurei por lugares que alguém começou as obras e desistiu, nessa região demora muito a chegada de materiais então isso é normal.
Procurando um bom lugar para inflar a barraca para climas frios, pedindo ela para montar algumas coisas que comprou na cidade e aos poucos montando um acampamento, já estava escuro quando comemos algo e cada um entrou em uma barraca.
Na manhã seguinte
Marie acordou triste por ter planejado uma invasão noturna, mas estava tão cansada que entrou e dormiu só acordando com o cheiro de café pela manhã.
João: Bom-dia! Ontem foi um dia cheio, quando o tempo estiver melhor vamos passear na cidade com mais tempo.
Marie: Bom-dia… ~ Eu nem tinha notado que estava tão cansada.
Depois de comer algo eles foram olhar os materiais e começou a preparar a base, a madeira já estava tratada e o que faltava ele já fabricou durante a noite, então ele ajustou algumas tábuas e deixou a jovem martelar o dedo um pouco.
Um pouco antes do almoço ele saiu para pegar alguns peixes e levou para ela praticar, ela pensava que seu poder só funcionava com humanos, já que na cidade é muito difícil de ter contato com animais que não é seu.
O primeiro coitado ficou seco e ela ganhou escamas, ela ficou desesperada gritando enquanto ele ria para ela se acalmar, tentando fazer ela controlar e jogar fora as coisas desnecessárias sozinha, mas ainda era difícil e ele teve que ajudar com um beijo limpando ela novamente.
Depois de 5 peixes ela ficou mais calma e os efeitos da absorção foi menor, depois do almoço eles continuaram a trabalhar e quando se cansava ela começava a treinar até quase virar um peixe.
No dia seguinte
Marie acordou e notou que João estava encaixando as estruturas da base, um pouco mais distante tinha um quartinho de madeira que ele avisou ser o banheiro temporário.
Como eles são mais fortes que um humano comum, carregar pesadas tábuas não é um grande problema e agora que ela está absorvendo vitalidade ativamente, muitos dos problemas físicos e mentais estão desaparecendo.
No final do dia João estava pregando paredes junto de Marie quando um forte vento levantou toda serragem e poeira.
Um jato preto pousou no campo aberto um pouco distante deles, então os dois que ficaram sujos com a ventania não estavam de bom humor nesse momento.
Depois de um tempo quatro pessoas usando um uniforme preto se aproximaram, um homem com um dispositivo ocular parecia ser o líder e um cara com grandes costeletas fumando um charuto que Marie reconheceu do ringue de luta clandestina estavam a frente, mais atrás estavam duas mulheres uma ruiva e outra de cabelo branco.
Líder: Nós…
João voltou ao trabalho: Vocês vão voltar e dizer ao seu chefe que estamos ocupados hoje!
Mulher Ruiva(Telepatia): Marie, somos iguais a você!
Marie chocada: Como sabe meu nome?
Mulher Ruiva: Somos da Escola Xavier uma escola para Mutantes, o professor te encontrou e nos pediu para te convidar.
Marie ouviu sobre outros mutantes, então ficou surpresa e curiosa sobre o lugar, a reação dessa jovem não escapou dos olhos desse grupo.
Mulher de cabelos brancos: Lá você não precisa se esconder e vai conhecer muitos outros alunos da sua idade.
Marie em dúvidas: Eu… Tenho que pensar.
Líder: Vamos até lá para você conhecer e você pode decidir com calma.
Ela olhou para João que estava trabalhando e ignorando tudo, muito confusa nesse momento e ainda não sabia o que fazer.
Marie: João!
João: O quê?
Marie ansiosa: Não sei o que fazer, me ajude!
João: Em tempos normais eu diria que a escolha é sua, mas… Não gosto de ser usado! E para resumir… Eles não te contaram que essa escola está no mesmo país que você veio, lá os líderes do país já deixaram claro que Humanos e Mutantes não são o mesmo.
Ela ficou confusa e queria perguntar.
João: Basicamente enquanto os Mutantes fortes lutam pela aceitação ou Dominação, os Humanos só querem que o publico veja os Mutantes como um animal perigoso e o motivo disso…
Mulher Ruiva brava: Isso é uma mentira, o professor Xavier luta para o bem dos Mutantes.
João suspirou: E o quê eu disse? Então vocês fazem parte do grupo que quer agir como humanos, mas não aceita quando um Mutante age como humano, certo?
Líder: Você é a favor da Irmandade!
João: Não coloque títulos em mim… O que acabei de dizer é muito simples, Marie você já viu casos na TV em que uma vítima de assassinato matou o bandido, certo?
Marie: Isso passa nos jornais toda hora.
João: O que eu quis dizer é que se um Mutante for essa vítima, ele é sentenciado a morte se for testemunhado por muitas pessoas e se ninguém tiver olhando a notícia é que tinha dois corpos, entendeu?
Cabelo branco: Não distorça as coisas!
João: Calma! Agora continuando, o que eu disse do lugar em que a escola está. Você teve muita sorte de sair ou não cair nas mãos dos militares, pois existem mais de 20 bases de pesquisa do governo, cada uma com uma média de 100 à 200 Mutantes fracos ou 20 à 50 Mutantes fortes, todos passando por experimentos constantes até a morte ou o controle…
João olhou para o cara de costeletas e riu.
João: Imagine ter suas memórias apagadas e ouvir as ordens de algum militar idiota para matar uma escola inteira de crianças ou a própria família… Acho que você sabe o quê é isso, certo?
Ao ouvir isso ele entrou em fúria e tirou as garras para fora.
-O quê você sabe?
