Ficool

Chapter 2 - Capítulo #002: "Você é Capaz." (2)

Horas se passaram, e já eram doze horas da noite. A lua estava cheia, e sons de um grilo tomavam conta do lado de fora do quarto de Yori. Ele estava em seu quarto, deitado na sua cama confortável, enquanto estava usando o seu notebook. Ele navegava na internet, como sempre fazia de costume todas as noites. Às vezes, Yori tinha insônia, e não conseguia dormir direito. Já o Kazumi, ele sempre dormia cedo, por volta das nove e meia da noite.

No lado de uma pequena mesa de cabeceira que estava na sua cama, havia um copo de cappuccino de chocolate ao lado do abajur branco. Não estava ligado, por mais que o quarto sempre fosse escuro. A luz do aparelho que o rapaz de cabelos pretos estava usando, já era o suficiente para iluminar, pois a luz estava em uma resolução um pouco alta.

— Hm… droga…

Yori olhou a data que tinha perto da hora na tela do seu notebook de cor cinza. Ele suspirou, e se acomodou em sua cama, deitando com a cabeça no travesseiro. Ele bebeu mais um pouco do delicioso gosto do cappuccino de chocolate que ele havia preparado. 

— Faltam poucos dias para as aulas voltarem… 

Yori se levantou de sua cama, e colocou os lençóis azuis que estavam enrolados em seu corpo na cama. Ele foi em direção a sua mesa, onde ele sempre guardava o seu notebook, e que também era o seu lugar de estudos. Ele viu uma pulseira preta na mesa. Ele pegou o objeto, e se lembrou de apenas uma pessoa, e esse era o Kazumi.

— Kazumi… eu me lembro… quando ele me deu esta pulseira. Ele me deu a uns dez anos atrás pelo que eu me lembro? — Se perguntava, enquanto admirava a pulseira.

Aquela pulseira que tinha em suas mãos, era muito especial para o garoto. Quando tinha sete anos, Kazumi havia lhe dado de presente como forma de lembrança. Yori guardou essa pulseira com todo amor e carinho até os dias de hoje. Ele nunca queria perder a lembrança de seu irmão. Para ele, valeria muito mais do que uma linda pedra de esmeralda maravilhosa.

O rapaz dos olhos de safira não queria perder aquela pulseira por nada. Se ele perdesse, poderia passar horas procurando, e não iria se cansar até encontrar. Não importava quantos minutos, horas, dias e até anos poderia levar.

Ele colocou a pulseira no seu pulso direito, e admirou o quanto que aquele item ainda servia no Yori, mesmo depois de muito tempo.

Yori bebeu o resto de cappuccino em sua caneca, e desligou o seu notebook, guardando o aparelho na mesa de estudos. Colocou a caneca vermelha na mesa da cabeceira ali mesmo, e depois, se deitou em sua cama um pouco bagunçada, enquanto admirava a pulseira em seu pulso. Ao se lembrar do seu irmão mais velho, Yori Watanabe deu uma leve risada de pouquíssimos segundos.

— Ha ha ha ha ha… ah… Kazumi…

Ele fechou os seus olhos, tendo a esperança de que poderia ter uma boa noite de sono naquele dia. Depois de alguns minutos, ele finalmente conseguiu dormir.

Kazumi saiu do seu quarto, passando pelo corredor, e desceu às escadas, indo até a cozinha. Ele pegou um copo de vidro, e despejou água dentro. O de olhos roxos se sentiu bem depois de ter matado a sede com aquela água gelada que lhe agradou.

Ele foi de volta para o seu quarto, mas, ele percebeu que a porta do quarto de Yori estava meio aberta. Ele foi em direção ao quarto do seu irmão mais novo, e entrou no quarto, abrindo a porta lentamente.

O mais alto se aproximou mais de perto do seu irmão, que agora, estava dormindo. Como ele era alto, ele se agachou um pouco perto de Yori.

Kazumi afastou levemente a franja da testa do mais novo com os dedos, e de uma forma delicada, aproximou o rosto, e encostou os seus lábios sobre a testa do menor, de uma forma carinhosa para não o acordar. Ele saiu do quarto de Yori, e fechou a porta de uma forma devagar, para não fazer um barulho alto.

— Boa noite, Yori.

O outro, que tinha um par de olhos roxos, seguiu em direção ao seu quarto. Kazumi estava bêbado de tanto sono, que poderia dormir em qualquer lugar. Apenas havia acordado naquela noite para beber água. Quando entrou no seu quarto, ele fechou a porta e se jogou na sua cama, se acomodando.

Ele se cobriu com o seu lençol, e fechou os seus olhos, pensando no mais novo.

— Yori…

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Horas se passaram, e um novo dia havia amanhecido. Yori ainda estava dormindo. Já eram quase seis horas da manhã. O sol provavelmente iria aparecer por completo há qualquer hora. Kazumi entrou no quarto de Yori, quase arrombando a porta — Como se fosse um costume comum. — Ele foi em direção ao mais novo que dormia na cama, e tentou acordá-lo.

— Ei, cacete, acorde! Daqui a pouco a mãe irá sair para trabalhar! Acorde! Tem que melhorar a porcaria do seu sono!

Yori continuou dormindo como se nada tivesse acontecido. Kazumi encostou a bochecha do mais novo com o dedo, como forma de ver se ele ainda poderia estar vivo, mas, ele não acordava. Kazumi detestava o fato de que Yori tinha insônia de vez enquando, e quando finalmente conseguia dormir, era quase impossível de acordar.

— Ei, Yori, acorde logo de uma vez! — Disse ele, enquanto deu leves tapinhas nas bochechas de Yori.

O de cabelos pretos abriu lentamente um pouco os seus olhos cansados. Ele estava muito exausto. Ele bocejou, sem se importar com o que o Kazumi tinha lhe falado.

— Ah, qual é… deixe eu dormir só mais seis minutos…

— Nada disso! Da última vez, você disse isso e dormiu por mais seis horas!

— Eu tentei dormir ontem, até que estava indo muito bem… mas… passei a noite inteira jogando psp.

— Ah meu deus do céu… tudo bem. Eu deixo. Durma enquanto eu preparo o café. E eu vou voltar aqui pra te acordar, se lembre disso.

— Muito obrigado, irmão…

O mais baixo voltou a dormir novamente. Kazumi não conseguia dizer não às vezes em situações como aquelas pro seu irmão mais novo. Ele acariciou os cabelos de Yori Watanabe, e viu o seu pulso que estava com a pulseira preta.

— Nossa! Ainda tem a pulseira que eu lhe dei?

— Sim… eu gosto dela. — Respondeu em um tom sonolento.

— Ha ha ha! Bom, então eu vou preparar o café. Durma mais. 

Kazumi deu um abraço em Yori, e saiu pela porta do quarto do seu irmão. Yori estava levemente envergonhado com aquele gesto.

— Seu idiota…

Kazumi desceu às escadas em direção a sala, e começou a organizar algumas coisas que estavam desorganizadas na sala. Como por exemplo: vasos de plantas, travesseiros do sofá e as cadeiras da cozinha que ficam perto da mesa. A casa também precisava ser varrida, já que provavelmente a casa poderia estar empoeirada.

O mais alto pegou uma vassoura que havia perto da geladeira. Era uma vassoura nova, já que o Kazumi e o Yori haviam quebrado as outras duas no dia anterior. De fato, a casa estava empoeirada, e em menos de minutos, o mais alto tinha terminado de varrer a casa por completo.

Ele olhou o relógio na parede, já que ele havia esquecido o seu celular no seu quarto. Era exatas seis horas da manhã.

— Provavelmente mãe já deve ter ido se arrumar pra ir pro trabalho.

Kazumi pegou um espanador na cozinha depois que varreu toda a casa, e começou a espanar todos os móveis que tinha na sala da casa.

Ele espanou tudo depois de alguns minutos. Agora, iria ser um pouco trabalhoso, que era fazer comida.

— Merda! Yori deveria me ajudar na cozinha! Mas não! Aquele idiota precisava ficar acordado até tarde! — Reclamava ele. — Preciso dar uns socos nele. Espera um pouco… já se passaram dezesseis minutos! Nah… deixe ele dormir mais.

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