Jun-ho não disse mais nada. O silêncio dele não era frieza, mas era um peso que deixava o coração de Salin acelerado.
Ele apertou a mão de volta, sentindo não a raiva e nem o desejo, mas a ternura que transpassava a relação deles.
Quando entraram no quarto do casal, Jun-ho não soltou sua mão. Levou-o direto ao banheiro, abriu a torneira e deixou a água correr, espalhando pelo ar o vapor quente.
— O que você está fazendo? — Salin perguntou, ainda confuso.
Jun-ho apenas tirou o paletó, dobrou as mangas da camisa e observou a banheira se encher. Havia refletido durante o caminho até ali.
— Você se meteu na minha briga. E lutou pelas minhas costas. — a voz era baixa, quase um ronco. — Isso me deixou com raiva... mas também me lembrou que eu não estou sozinho.
Salin ficou em silêncio, observando-o misturar sais na água. O cheiro suave se espalhou, e ele engoliu seco quando os dedos de Jun-ho alcançaram sua camisa, desabotoando-a devagar.
