Você... não tinha que ter feito isso. — A verdade era que eu precisava dizer isso para mim mesmo.
— Como assim? — Salin estreitou os olhos. — Eu não ia ficar ali escutando aquele idiota te tratando como se fosse nada. — ele rebateu, irritado.
— Eu não preciso que ninguém me defenda. Muito menos que alguém fale por mim. Eu estava no controle.
Salin cruzou os braços, incrédulo.
— Não estava, não! Ele estava te provocando! Te chamando de garoto! Você só ia deixar!
Sua fúria me acalmava e me irritava. Eu me aproximei. Eu precisava que ele entendesse a regra sem quebrar seu espírito.
— Eu prefiro que eles saibam que eu escolho quando reagir. Não preciso de plateia achando que perco o controle por qualquer provocação.
Os olhos de Salin vacilaram. E uma leve indignação subia pelos seus dedos.
— Isso é sério? Ele estava rindo! Você aguentando calado como se fosse normal…
