Ficool

Chapter 48 - Batalhas 3

(Banor pov)

'Não achei que as coisas sairiam tão bem.'

Pensei do alto da árvore onde eu e os outros dois cavaleiros errantes nos escondemos logo depois que o mago responsável pelo pequeno exército atacou. Dar as costas para um inimo nunca é uma boa ideia mas nesse caso foi a certa por diversas razões como se podia ver na bagunça logo abaixo.

Existe aquele ditado que diz: quando você quer que algo ocorra bem, ela vai sair mal.

Não foi isso que aconteceu com a gente.

Na verdade as coisas saíram ainda melhores que qualquer um esperava.

O mostro negro aparecer não estava nos planos de ninguém mas o destino parece que nos ajudou aqui.

Encontrar um goblin solitário perto do vilarejo foi fácil, arrata-lo pra cá também não foi muito difícil depois que ele se "acalmou".

Também foi "fácil" encontrar rastros de outros goblins e animais mesmo estando já de noite e deixar iscas para eles. Só uns pedaços de carne ensanguentados de animais de fora da Provação, jogados pelo chão ou esfregados nas árvores perto do acampamento, eles funcionaram muito bem para atrair nossos "alvos" até o acampamento do pequeno exército do Barão.

Oque me espantou foi que, mesmo tendo vários magos nenhum deles tenha nos percebido e quanto colocavamos as iscas ao redor do acampamento. Isso foi eles sendo complacentes ou as habilidades que se consegue da Provação funcionando em um princípio diferente mesmo também sendo alimentado por Aether?

Esse é um tema que eu adoraria colocar em pauta na minha velha ordem mas bem não podemos fazer muitas coisas que gostaríamos na vida.

– Seria melhor irmos agora. Mesmo sendo apenas mais 3 ainda seria uma ajuda prós outros que estão atacando a vila certo?

Um dos cavaleiros errantes do senhor Andreas perguntou.

– Vamos esperar só mais um pouco temos que ter certeza que o mínimo possível ou mesmo nenhum deles consiga voltar.

– Com as coisas como estão vão ser um milagre se um só deles conseguir usar a cabeça. – O outro disse.

Mas não estava errado. O pânico mexe com o raciocínio, ainda mais com aqueles que se acham fortes. Quando percebem não serem grande coisa eles tem um colapso mental onde eles, ou saem correndo desordenadamente (quando podem), ou fazem erros cada vez mais estúpidos.

Como por exemplo, esquecer dos cristais de saída que qualquer um pode usar.

Que é exatamente oque estava acontecendo agora. Mesmo que vários estejam lutando, seje contra o mostro de sombras ou os outros que nos "jogamos" encima deles, outros tentavam sair correndo da área e eram pegos pelos goblins esperando nas sobras, com espadas e flechas.

E nessa confusão eles acabaram esquecendo dos cristais que certamente levavam nos bolsos para saírem. Afinal eles não seriam tão idiotas de entrar aqui sem eles certo?.

Um tempo atrás ouvi de um grupo de desafiantes que entrou sem trazer itens de cura e acabou... mal, mas mesmo assim eles ainda tinham trazido os cristais para saírem.

E esses eram camponeses de outra vila aparentemente. Eles ainda lembraram de trazer e de ativar os cristais, os cavaleiros de um nobre, mesmo que de baixa patente, não seriam mais burros que isso certo?.

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Connor pov

Minha respiração ficou errático. Medo e raiva vinham em ondas, uma seguida da outra. Enquanto, eu olhava os goblins maiores saído da cabana principal.

Vi eles olhando ao redor e vendo vários dos seus esmagados ou extremamente feridos, mas eles não demonstraram muita reação.

Ele então fez alguns sinais e sons que eu não consegui ouvir, e os goblins com manto e tatuagens foram em direção aos caídos, o goblin de manto curava eles. Mas o com tatuagens os matava e depôs reanimava eles.

Isso até onde eu sabia era uma técnica proibida em todo continente, não sei bem o nome mas era algo como boneca de carne ou algo assim. O fato era que, era algo condenado por vários dos templos, inclusive o Grande Templo, que fazia questão de ditar como as pessoas deveriam viver e até dava "ajuda" aqueles que os seguiam.

Se algum representante deles estivesse, aqui certamente iría considerar todos os goblins como abominações, sem qualquer respeito pelos mortos e fariam de tudo para exterminar cada um deles.

'Não que eu veja algum problema nisso.' Pensei brevemente.

Mas logo voltei a atenção para os prirgos imediatos, que literalmente se multiplicaram a cada segundo. Aqueles dois estavam basicamente inutilizando todo o esforço que fizemos.

Os goblins tinham caído para 40 mas agora voltaram para 90, e mesmo um leigo como eu sabia que enquanto aqueles dois goblins estivessem ali as coisas para não iriam ir bem.

Eu podia tentar acerta-los daqui mas isso iria me delatar, e eu sei por experiência que ele tem ataques que conseguem me alcançar até daqui.

'Não é melhor eu ir avisar os outros rápido antes que–'

*BOMMMMMM!!!!!!*

Droga, muito tarde.

'Preciso ser rápido.'

Logo que ouviram o estrondo os goblins começaram a se posicionar em 3 fileiras, 30 em cada lado. Que logo foram para os locais de onde tinham vindo as pedras.

Enquanto ele e os outros goblins maiores se concentraram no portão que o senhor Andreas acabou de destruir, com a maior parte dos goblins reanimados.

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(Max pov)

Mesmo estando quase 15 metros de distância, a força da explosão ainda conseguiu nos empurrar um pouco para trás. A fumaça e o pó que ela gerou também não estavam ajudando ninguém, mas pelo menos isso era outra distração para os goblins.

–Ei, como você está?

Meu irmão perguntou.

–Com um leve zumbido nos ouvidos e você?

–Tambem, quem imaginaria que aquela bolinha realmente faria tanto estrago?

'Todos que sabiam como os feitiços nas bolas eram poderosos genio.'

–Ei você acabou de–

–Os dois!! Não temos tempo pra isso. Eles já estão vindo.

'Ja?! Isso foi muito rápido....'

Pensei olhando alguns vultos aparecendo por trás da fumaça, mas avançando estranhamente devagar.

'Espere... Não!, nem tanto se pensar bem. Os goblins não são muito espertos, mas também não são burros.'

'Eles devem ter percebido que, quanto mais ficassem perto dos lugares onde as pedras caiam, mais deles iriam ser perdidos. Por isso recuaram, oque deu tempo para eles se organizarem mesmo que um pouco.'

–Não, ainda tem alguma coisa estranha. – Cali disse cerrando os punhos, enquanto olhava a poeira abaixando e os vultos dos goblins, com seus olhos brilhando na escuridão que aumentava a cada instante.

–Oque quer dizer?

–Eu ouvi o Connor dizer ao senhor Andreas que vários dos goblins tinham se juntado perto do portão para tentar responder aos nossos ataques já que era de lá que o maior número de baixas estava vindo.

Verdade, também vimos quando eles responderam com as próprias pedras e flechas.

–Um grande misterio o por que disso, certo?.– Meu irmão perguntou com um sorriso. Incrível que ele ainda conseguia ficar tão blazer mesmo nessa situação.

Geralmente isso renderia ao meu irmão um soco no estômago, mas dessa vez a Cali nem teve reação apenas firmou ainda mais sua posição.

–.... Se você não reagiu a coisa realmente está ruim.

Meu irmão Mavak disse pegando seu escudo e aprontando sua espada curta. Enquanto eu já estava canalizando Aether na minha espada de duas mãos.

Só precisei contar até 3 pra conseguir ver os goblins, mas mesmo daqui pude ver que eles não estavam normais. O brilho nas olhos não era igual aos que caçavam na floresta, parecia ser um brilho sem vida, como uma brasa prestes a apagar.

Com eles há 7 metros, consegui ver que vários deles tinham ferimentos nas pernas e braços.

Considerando a quantidade e tamanho das pedras que estávamos lançando, isso não me surpreendeu. Oque surpreendeu foi que alguns ainda caminhavam mesmo com a perna esmagada, ou segurando adagas de pedra em braços quebrados em 4 lugares diferentes.

Nós já lutamos com goblins várias vezes, mesmo que eles consigam lutar com um corte ou mesmo com uma flecha no braço (oque era muito raro), eles ainda mostravam dor e recusavam quando achavam que não conseguiram vencer. Bom pelo menos eles tentavam.

Esses tinham ferimentos que os fariam correr sem olhar para trás em 11 de 10 vezes, mas eles ainda assim avançavam?. Por que?. E como?

Talvez fosse porque estivéssemos atacando a casa deles e não tivessem para onde correr?. Possível.

Mas alguma coisa nos olhos deles, nesse brilho que não parecia um brilho, me dizia algo diferente.

–Sera que... Não, não pode ser.... Mas–

–Impossivel... Não é?, isso é algo impossível de realmente acontecer....

Mesmo baixinho eu consegui ouvir a Cali a Anna falando algo, pela reação delas a coisa estranha que eu senti não era só coisa da minha cabeça.

Não tirando os olhos dos goblins que se aproximavam gradualmente, aumentando a velocidade agora que estavam há 6 metros de nós, eu abri ao máximo meus olhos e usei o reflexo da minha lâmina para ver a reação dos outros.

'Concerteza tem alguma coisa errada aqui.'

Quando vi como os outros estavam, meio palidos, respirando com força mesmo aqueles que não estavam jogando pedras, e tremendo de leve.

'Espere um pouco, onde eu já ouvi sobre isso...!!!!'

–Ai que merda!!!

Parece que meu irmão também chegou na mesma conclusão que eu.

Nós não estávamos lutando contra goblins normais, estávamos lutando contra bonecos de carne maldita, criados a partir dos corpos dos goblins que matamos.

'Acho que isso vai complicar nossa estratégia.'

Pensei canalizando ainda mais Aether para minha espada.

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